Eu me recordo de como eu pedia ajuda a meu pai para resolver as coisas mais simples — coisas materiais e conselhos sobre aquilo que eu já sabia e que eu mesmo poderia resolver. Mas é claro que era mais cômodo ir em busca de uma resposta pronta.
Talvez essa facilidade de encontrar a ajuda imediata me fez criar um pensamento que se manifestava até no trabalho, onde, diante de uma situação qualquer, era mais fácil recorrer ao meu chefe.
Observei que essa atitude estava se repetindo com frequência até que, um dia, ao enfrentar uma situação difícil, eu me flagrei pedindo auxílio a Deus. É claro que, naquela ocasião, eu ainda não tinha formado um conceito de Deus como Criador do Universo e, muito menos, aprendido a respeitar Sua Vontade expressada nas Leis Universais.
Não pensei naquele momento em buscar o auxílio dentro de mim mesmo, em meu espírito — essa partícula divina que todos os seres possuem e que está sempre preparada para proporcionar o amparo necessário.
Comecei a fazer um esforço para recordar, a todo o momento, de que tenho um espírito e de que ele está sempre pronto para me propiciar, de imediato, o alento e o consolo que for preciso.
Depois de tudo isso, comecei a recordar de Deus sempre que estou alegre, feliz e, especialmente, quando surge do fundo do meu ser uma enorme gratidão por essa vida que Ele me deu.
O pensador e educador González Pecotche, criador da Obra Logosófica, tem me ensinado uma forma segura de conduzir minha vida e de formar novos conceitos, apresentando um método que facilita minha compreensão, oferecendo muitos elementos que favorecem minha busca pela superação.
Seguindo as diretrizes do método logosófico, venho adquirindo conhecimentos transcendentes que me encaminham para alcançar o propósito de me tornar um ser melhor, através da realização de um processo de evolução consciente.
Esse processo engloba a organização de dois sistemas — o mental e o sensível —, para que mente e coração, trabalhando juntos, tragam o equilíbrio necessário à minha parte psicológica, sempre visando o meu objetivo de aperfeiçoamento.
A ajuda do meu espírito – agente direto entre mim e o Criador – vai surgindo desde meus primeiros passos, favorecendo a sua própria expansão e, também, tornando-me herdeiro da Criação.
Em seus momentos de dor, de grandes padecimentos morais ou físicos, quando o ente humano, prostrado, clama por uma ajuda superior, não lhe ocorre pensar que é precisamente o espírito quem lhe dá o alento e o consolo que demanda com urgência.
Um pensamento de Sydnei Rocha
Sydnei Rocha, casado, com dois filhos e umaneta, administrador de empresas, nascido em Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, estudante, investigador e docente da Fundação Logosófica desde janeiro de 1974.