Deixou a CBD (hoje CBF) como herança ao seu genro, Ricardo Teixeira Duarte que conseguiu bater o recorde de seu sogro, ficando 23 anos na instituição. Somente saiu em 2012 em função de uma forte pressão sobre escândalo de corrupção na CBF. Jose Maria Marin (atualmente preso na Suíça por corrupção), como vice-presidente, assumiu a presidência da CBF devido a renuncia de Ricardo Teixeira. O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero que era presidente da Federação Paulista de Futebol e está hoje no comando por desejo de Jose Maria Marin, saiu a francesa do Congresso da FIFA na Suíça e não ficou nem para usar seu direito de voto, pois temia também ser preso pelo FBI.
Uma análise nas relações de liderança do futebol do Brasil e da FIFA nos faz identificar fortes traços do perfil dos dirigentes que ao longo das últimas décadas construíram um grande império de corrupção. Não é uma surpresa quando percebemos que o Brasil faz escola quando se refere à corrupção e propinas.
Dizem que a casa caiu para os corruptos da FIFA e CBF. Será?
É difícil acreditar em uma mudança simplesmente pela mudança de pessoas. A fila anda, mas quem vem atrás é aluno da mesma escola, da mesma bola, da mesma história.
A impunidade de sempre jamais possibilitou que os cartolas dessem bola aos que desejavam uma investigação.
O castelo foi crescendo principalmente pelos interesses que são muitos e de muitos. A cumplicidade subserviência resulta sempre em comissões, bônus ou corrupções. Não adianta a Globo a cada reportagem fazer questão de dizer que não há denuncias sobre as mídias que adquiriam os direitos de transmissão, ou alguém acredita que neste nível também não houve propinas?
Na historia deste reinado, nunca houve oportunidade tão real para uma real virada e limpeza do comando do futebol do mundo e no Brasil. Se os clubes se unissem em busca de uma CBF mais voltada para os interesses do futebol e menos para este pequeno e milionário reino de corruptos, o sonho não seria uma utopia.
Uma CPI séria, a medida provisória do futebol e a construção de um novo método de governança teria que ser agora, ou a bola continuará rolando não somente no campo, mas principalmente nos corredores da Suíça, do Rio de Janeiro e onde houver um homem de paletó com cargos na FIFA ou alguma de suas confederações ou federações de futebol.
É triste saber que a cada vez que a bola rola, os dirigentes recebem outra bola!
Pelo menos essa é a minha opinião!