Um homem sentou-se num banco do jardim e observou a borboleta por várias horas. À medida que passava o tempo ele se sentia cada vez mais penalizado com o grande esforço que fazia a borboleta para conseguir com que o seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Então houve um momento em que pareceu que ela tinha parado de fazer qualquer progresso. Ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais além, julgou o homem.
Então ele decidiu ajudar a borboleta: pegou uma tesoura e, num só golpe,cortou o restante do casulo.
A borboleta, então, saiu facilmente.
Mas o corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la, esperando ansiosamente que a qualquer momento as asas se abrissem e se esticassem com todo o esplendor que têm as asas das borboletas.
Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo atrofiado e as asas encolhidas.
Ela nunca foi capaz de voar, nem de encantar as pessoas com as suas cores.
O que o homem, na sua gentileza e vontade de ajudar não compreendera, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual a Natureza fortalecia o corpo da borboleta e finalizava o processo de maturação…
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos na nossa jornada.
Se a Vida nos permitisse passar através dela sem quaisquer obstáculos, isto provavelmente nos deixaria frágeis e incompletos.
Da mesma forma, se não aceitarmos a idéia de que morreremos um dia, que prazer teríamos em viver uma vida que, porque é eterna, tem menos valor?
Pode ser muito difícil perder alguém querido (e é, mesmo, terrível) mas se não tivermos a dolorosa certeza de que a perderemos um dia (ou nos perderemos dela), talvez esta pessoa não seja tão valiosa…
Triste? Mas o ser humano é assim mesmo…