Antes da final da Copa América 2021, mais precisamente no dia 21 de junho eu escrevi em minha crônica daquela semana que: “na América do Sul, O Brasil está em outro patamar”. Logo em seguida o Brasil perdeu a final para a Argentina. Fui questionado pelo titulo Argentino, como que por esse jogo a força do continente fosse estabelecida sem levar em conta um contexto mais amplo em que pudesse colocar em dúvida uma hegemonia do futebol brasileiro em nosso continente. Essa semana terminará as oitavas de final do principal torneio Sul-americano que é a Libertadores da América. A partir dessa rodada, restarão apenas quatro clubes para fazer a semifinal, e pela primeira vez na história do torneio, existe a possibilidade dessa fase ser somente de clubes brasileiros. Para que isso aconteça basta que o Fluminense vença com o placar simples o Barcelona de Guayaquil, o Atlético Mineiro segure o empate contra o River, o Flamengo não perca de mais de três gols de diferença para o Olímpia no Mané Garrinha em Brasília. Veja que todos esses resultados não são difíceis de acontecer. O Palmeiras e São Paulo já garantem um brasileiro na final. Isso trouxe preocupações para vários conselheiros da Conmebol e já foi pauta da ultima reunião da confederação. O receio é a possibilidade de desestimular investimentos em alguns países. A ideia é que a Conmebol crie barreiras no regulamento para que isso não aconteça nas fases finais do torneio. Mas as mudanças não são tão simples assim, pois isso somente pode acontecer em função do aumento do numero de participação para 47 clubes visando o aumento do numero de patrocinadores e a venda de direitos de transmissão a uma quantidade maior de países e o consequente aumento de faturamento. Por esses e outros motivos, talvez o jeito para Conmebol seja torcer contra os clubes brasileiros nessa semana na Libertadores.
Pelo menos essa é a minha opinião!