A COPA DO BRASIL SUB-20 DEMONSTRA QUE O FUTURO PODE SER IGUAL AO PRESENTE NO FUTEBOL BRASILEIRO

O Brasil tem cada vez mais valorizado os campeonatos e torneios do futebol de base. Assim a Copa São Paulo de Futebol Júnior se tornou uma verdadeira vitrine e caça talentos para o Futebol não somente Brasileiro, pois é cobiçado e acompanhado pelos principais clubes do planeta. A Copa Brasil sub-20 tem sido um termômetro para os grandes clubes em identificar os diamantes que estão chegando aos profissionais  e times de elite. As expectativas são sempre grandes, principalmente em um momento que temos dificuldades de retenção de ídolos no principal e mais popular esporte do planeta. As necessidades vão desde a formação de plantel e principalmente para cobrir os rombos financeiros tão naturais em nosso futebol. A primeira edição dessa competição foi em 2012, ou seja, há dez anos. O campeonato tem um modelo semelhante à Copa do Brasil principal conquistado há algumas semanas pelo Flamengo. A grande diferença é que o sub-20 inicia com somente 32 clubes, mas as fases são de classificação e em seguida já começa o sistema mata-mata nas oitavas, quartas, semifinal e final. O interessante nessa competição é que aparecem muitos clubes desconhecidos que normalmente são mantidos por investidores para gerar boas receitas futuras. Clubes como o Aster, Lagarto, Real Brasília, CSE, IAPE, Real Arquimedes, Santana, entre outros. A definição para a grande decisão ficou com os dois atuais protagonista do futebol brasileiro: Flamengo e Palmeiras chegaram para a grande decisão em um único jogo, sendo que o local definido pela CBF foi a Arena Barueri. A grande questão que me motivou a trazer essa Pauta da decisão da Copa do Brasil 2022 é a situação desses dois clubes que atualmente mantém uma hegemonia no futebol de elite do Brasil em função de sua organização e gestão. As receitas obtidas principalmente pelo Flamengo nos últimos anos demonstram o quanto essa estratégia de investir na base tem um bom retorno, visto que nos últimos seis anos foram mais de 730 milhões em receitas somente com jogador da base. O Palmeiras embora não faturou um montante financeiro semelhante, mas o plantel atual conta com vários atletas da base sendo Endrick a grande promessa de ser o novo ídolo da torcida se houver tempo para isso, uma vez que os principais clubes da Europa estão buscando tirá-lo do Palmeiras e quando conseguir será por uma boa quantia financeira. Na decisão que aconteceu nesse sábado  foi um jogo muito truncado e equilibrado em  que o Flamengo trouxe três jogadores que já estavam no time B (considerado o time do Brasileirão), trazendo os reforços Vitor Hugo, Mateus França e Mateusão. Aos treze minutos do segundo tempo o zagueiro Cleiton do Flamengo recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso do jogo, deixando o Flamengo com um jogador a menos quase todo o segundo tempo. Mas como já tinha acontecido nas três ultimas edições, a decisão acabou ficando mesmo para os pênaltis demonstrando o equilíbrio entre as duas equipes. O Campeão acabou sendo o Palmeiras que consegue seu segundo título nessa modalidade vencendo na penalidade por 4 x 2, mas independente da definição do campeão, o fator que me leva a refletir sobre o futuro do futebol brasileiro que está as véspera de uma Copa do Mundo é que tudo que foi apresentado nessa crônica, me leva a pensar que o futuro pode ser igual ao presente, ou seja, Flamengo e Palmeiras hegemônico em nosso futebol.

Pelo menos essa é a minha opinião!