Essa minha crônica de hoje será mais uma que será destacada ao longo dos anos, pois vai marcar um momento histórico do futebol brasileiro, pois essa nova Copa do Mundo de Clubes em sua primeira edição teve algo que os brasileiros não esperavam. A começar pelo número de participantes que foram quatro clubes, aproveitando o momento de hegemonia brasileira no continente Sul americano. Mesmo assim, as expectativas eram dos clubes não passarem da fase de grupos. Para surpresa, todos se classificaram em seus respectivos grupos mesmo tendo adversários como PSG da França, Chelsea da Inglaterra, Porto de Portugal, Atlético de Madri da Espanha, Borussia Dortmund da Alemanha e Chelsea da Inglaterra. São gigantes europeus que não impediram que os brasileiros avançassem. Chegando a fase das oitavas de finais, em que os jogos são no estilo mata-mata, já era esperado que os europeus crescessem em concentração e entrega. Palmeiras conseguiu passar em função de confrontar com outro brasileiro, o Botafogo. Nesse confronto, qualquer resultado seria normal e com certeza mais fácil. O Flamengo embora tenha conseguido a proeza de ser o primeiro de sua chave, mesmo tendo o Chelsea em seu grupo, foi punido exatamente por ter sido o primeiro, pois o Bayer foi o segundo de seu grupo. A vitória nesse confronto foi considerado quase impossível. Esse quase em função do futebol aprontar surpresas. Mas o Flamengo foi para arena para tentar jogar sem mudar o seu estilo que é com intensidade e marcação alta. Um confronto histórico, mas muito arriscado em ter um placar desconfortável para a imagem do clube. O Jogo começou com uma pane na defesa do Flamengo, levando dois gols nos primeiros dez minutos, fazendo lembrar os 7 x 1 exatamente dos alemães na seleção Brasileira. Mas o time se equilibrou e começou a jogar, levando perigo para a meta do melhor goleiro do mundo, o alemão Manoel Neuer. Fez um gol e mostrou que estava no jogo e fez novamente a nação Rubra Negra voltar a acreditar naquilo que era quase impossível, mas o quase dava chances do imaginável sonho acontecer. Mas outro erro na saída de bola do Flamengo em função da forte pressão da linha de frente alemã, o Bayer aumenta para o placar de 3 x 1. Mas o Flamengo continuou buscando jogar e chegar e encontra o segundo gol, voltando novamente a criar esperança. Dessa vez parece que a torcida aumentou ainda mais a confiança. Outro erro na saída de bola, e o artilheiro da seleção alemã Kane não perdoou e mais uma vez volta tudo como antes. Acabou ali um sonho, uma esperança que somente estava no imaginário dos fanáticos Rubros Negros Cariocas. Mas muitas oportunidades e coisas positivas saíram dessa jornada, na qual destaco aqui para que fique marcado na historia e um dia alguém poder comparar se eu tinha razão em minha percepção:
1 – Os gigantes europeus fazem investimentos com jogadores que além das habilidades naturais de um grande jogador, também tenham vigor físico para ganhar na disputa da bola que são naturais em seus sistemas de jogo com muita pressão na saída de bola do adversário, colocando o vigor físico para tomar a bola já próximo da área adversária;
2 – Além do vigor físico, também exige uma alta capacidade aeróbica, pois a quantidade de percurso corrido para conseguir marcar com alta pressão sem dar espaço para o adversário;
3 – Os jogadores precisam ter uma cultura e alto nível intelectual para entender e absorver os desafios táticos ao longo do jogo.
4 – Logicamente isso nada adianta se não houver as habilidades técnicas para criar situações que levam aos objetivos. Os jogadores desses gigantes europeus são os melhores do planeta.
5 – Tudo isso buscando os melhores do planeta com essas características que são possíveis graças ao poder financeiro desses grandes clubes.
O futebol brasileiro precisa estar mais atento a esses diferenciais e ir buscando mesmo dentro de sua realidade, meios de melhorar sua competitividade tanto interna como para competições como essa Copa do Mundo de Clubes.
Pelo menos essa é a minha opinião!
Por Professor Ronaldo