Olá pessoal!
Estamos certos de que todos estão atentos às notícias que está, cotidianamente, em nossos telejornais. O Brasil, em 2024, teve um ano intenso no campo econômico. De um lado, tivemos recordes positivos, como a maior arrecadação tributária da história e a menor taxa de desemprego em mais de uma década. De outro, enfrentamos desafios como a baixa produtividade industrial, a inflação persistente e o alto custo de vida, que continua pesando no bolso dos brasileiros. O ano acabou, mas essa “situação econômica” parece que persistirá em 2025. Assim, para entender melhor esse cenário, vamos analisar alguns dos acontecimentos econômicos de 2024 e suas consequências para a população.
Em 2024, o governo federal arrecadou R$ 2,709 trilhões em impostos e contribuições, o maior valor já registrado. Isso foi possível graças ao crescimento da economia, ao aumento do consumo e ao fortalecimento da fiscalização. Uma arrecadação recorde, em tese, significa mais dinheiro para investimentos em serviços públicos, como saúde, educação e infraestrutura. Entretanto, nem sempre um aumento na arrecadação se traduz automaticamente em melhorias para a população. É essencial que esses recursos sejam bem aplicados, garantindo que os serviços públicos sejam mais eficientes e cheguem a quem realmente precisa.
Outro fator positivo de 2024 foi a queda do desemprego para 6,1%, o menor nível em mais de uma década. Isso significa que mais brasileiros conseguiram uma ocupação formal ou informal, melhorando a geração de renda no país. No entanto, há um detalhe importante: grande parte das novas vagas são empregos com baixa remuneração e pouca estabilidade. Muitos trabalhadores estão na informalidade ou em empregos temporários, sem garantias de direitos como aposentadoria e seguro-desemprego. Ou seja, ter um número baixo de desempregados não significa que a qualidade do emprego seja boa.
Apesar da melhora no emprego, a capacidade produtiva do Brasil continua estagnada. Isso significa que a indústria não está crescendo no mesmo ritmo que a economia, limitando a geração de riquezas. Além disso, a produtividade do trabalhador brasileiro ainda é baixa quando comparada a outros países emergentes. Mas por que isso acontece?
Há muito temos tratado desses assuntos aqui no Conexão Itajubá. Assim, se o Brasil não melhorar sua produtividade, continuará tendo dificuldades para competir no cenário global e gerar empregos de qualidade.
Embora o desemprego tenha caído, os preços dos produtos essenciais continuam aumentando, especialmente os de alimentos e combustíveis.
O governo tem adotado algumas medidas para controlar os preços, mas fatores como clima (que afeta safras agrícolas) e a cotação do dólar acabam influenciando a inflação. EM programas anteriores do Conexão Itajubá, já tínhamos alertado que essa situação ocorreria.
Para conter a inflação, o Banco Central manteve a taxa Selic elevada, atualmente em 13,25% ao ano (alta de 1 ponto percentual ocorrida na última reunião do COPOM). O objetivo dessa medida é reduzir o consumo e, consequentemente, segurar a alta dos preços.
No entanto, juros altos também trazem consequências negativas:
Ou seja, o governo precisa equilibrar bem suas decisões para evitar que o combate à inflação prejudique ainda mais a população.
Diante desse “cenário delicado”, como um país com arrecadação recorde ainda tem população passando dificuldades? Essa é uma das grandes contradições da economia brasileira. O Brasil arrecadou mais dinheiro do que nunca em 2024, mas muitos brasileiros ainda sentem dificuldades financeiras. Por quê?
Para que o crescimento econômico seja mais justo e beneficie a todos, o Brasil precisa de reformas estruturais, investimentos em educação, tecnologia e políticas públicas que priorizem o bem-estar da população, e não apenas o equilíbrio das contas do governo. Mas como se proteger em tempos de Economia Instável?
Com a inflação alta e o custo de vida aumentando, é essencial que as famílias adotem estratégias financeiras inteligentes para evitar endividamento e garantir maior segurança financeira. Aqui estão algumas dicas valiosas de educação financeira:
1. Controle do Orçamento: Conheça Suas Entradas e Saídas (Corte despesas desnecessárias e tente economizar sempre que possível).
2. Planejamento para Compras de Alimentos e Itens Essenciais (Compre alimentos da safra, que costumam ser mais baratos e de melhor qualidade).
3. Evite Endividamento com Juros Altos (Se tiver dívidas, tente renegociar com juros mais baixos. Muitos bancos e instituições oferecem feirões para renegociação de dívidas).
4. Crie uma Pequena Reserva Financeira (Mesmo que seja pouco, tente guardar 10% do que ganha todo mês. Se não for possível, comece com valores menores).
5. Busque Conhecimento e Capacitação Profissional (Se possível, busque habilidades que possam gerar renda extra, como corte e costura, culinária, reparos elétricos e tecnologia).
Mesmo em tempos de incerteza econômica, pequenos hábitos podem garantir maior segurança financeira. Controlar os gastos, evitar dívidas desnecessárias e buscar oportunidades de aumentar a renda são passos fundamentais para melhorar a vida financeira.
A educação financeira não é apenas sobre dinheiro, mas sim sobre tomar boas decisões para garantir um futuro mais tranquilo. O conhecimento é a melhor ferramenta para transformar desafios em oportunidades!
Esperamos que tenham gostado do nosso painel de hoje. Até a próxima!
Autores: Prof. Dr. André Luiz Medeiros e Prof. Dr. Moisés Diniz Vassallo