Leitor, reflita nestas questões: ‘É possível rir da miséria que tira a dignidade de milhões de famílias no mundo? É bom viver num país com mais de 90% de cristãos e ver cerca de 20 milhões de irmãos flagelados? Sabendo que Jesus sofre no pobre desfigurado – Mt 25, 31-45 -, é possível ser feliz sem partilhar o que Ele nos deu?’.
Não é fácil falar sobre isso porque constrange muita gente, mas, felizmente, chegou a hora de pararmos de brincar de fazer caridade. Quem pensa que dando um trocado a um pedinte na porta de casa vai ajudar a resolver os nossos problemas sociais, está tentando enganar a si próprio. E quem vive rindo à toa porque se envolve em tudo o que lhe dá prazer e não tem tempo para Deus, está se afundando cada vez mais nos seus pecados.
Sei que uma dose de felicidade diária também é necessária à nossa caminhada cristã eu sempre me proponho a levar paz e alegria aos corações dos ouvintes, contudo, de vez em quando, preciso enfocar um assunto meio triste para orientar os passos de algumas pessoas e fazê-las conhecer, um dia, a verdadeira felicidade.
Eu também já disse – e continuo dizendo! – que vivo feliz, mas estou consciente que apenas experimento momentos de alegria – quando tenho paz de espírito e estou em comunhão com Deus.
Pois bem, o importante nisso tudo é sabermos que a miséria do nosso vizinho nos afeta profundamente. Precisamos nos comprometer com o combate à fome, porque a falta de alimentos na mesa das famílias causa doenças, retarda o desenvolvimento mental das crianças, gera incapacidade para o trabalho, faz crescer a violência e desestrutura o lar.
A ganância em promover somente a própria felicidade nos afasta de Deus e, para diminuir essa distância, precisamos programar ações comunitárias libertadoras em todos os níveis. A vida deve estar sempre acima dos interesses materiais! Disse Jesus: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Lc 9, 13).
Portanto, vamos fazer tudo o que está ao nosso alcance: cortando gastos desnecessários, educando os nossos filhos para o baixo consumismo, participando de Mutirões de Combate à Fome, rezando e lutando ao lado da Igreja pelos direitos sagrados dos mais humildes, amparando o pobre com alegria… repartindo!
Você tem outras idéias? Com certeza, se quiser, será inspirado pelo Espírito Santo e poderá ajudar a formar novas gerações para o exercício pleno da cidadania!