A ingestão precoce de álcool é a principal causa de morte de jovens de 15 a 24 anos de idade em todas as regiões do mundo. Além da ilegalidade do consumo e suas consequências para a sociedade, a exposição do cérebro ao álcool durante a adolescência pode interromper processos chaves do desenvolvimento desse órgão, possivelmente levando a danos cognitivos leves, assim como na intensificação do uso de bebidas alcoólicas.
De acordo do o Guia lançado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), quanto menor a idade de início da ingestão de bebida alcoólica, maiores as possibilidades de se tornar um usuário dependente ao longo da vida. De acordo com pesquisas, o consumo antes dos 16 anos aumenta significativamente o risco de beber em excesso na idade adulta.
Segundo estudos científicos quase 40% dos adolescentes brasileiros experimentaram álcool pela primeira vez entre 12 e 13 anos, em casa. A maioria deles bebe entre familiares e amigos, estimulados por conhecidos que já bebem ou usam drogas. Entre adolescentes de 12 a 18 anos que estudam nas redes pública e privada de ensino, 60,5% declararam já ter consumido álcool.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem a cada ano no mundo devido ao consumo excessivo de álcool. O índice chega a 4% do total da mortalidade mundial e é maior do que as mortes registradas em decorrência da aids ou tuberculose.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, regulamentado pela Lei 13.106/ 2015, afirma que vender ou oferecer bebida alcoólica para menores de 18 anos é crime e pode resultar em detenção de dois a quatro anos do vendedor, aplicação de multa de até R$ 10 mil ou interdição do local de venda. Importante destacar que esta lei não limita as punições aos comerciantes. Qualquer adulto, inclusive familiares ou amigos que oferecem bebidas alcoólicas a criança ou adolescente, está sujeito às sanções.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM