Recentemente muito tem se alardeado sobre a substituição do trabalho humano por máquinas “inteligentes”. Programas de computadores cada vez mais capazes têm assustado as pessoas, por inclusive, serem capazes de desenvolver diálogos complexos sendo praticamente imperceptível a diferença quando comparado com um diálogo com uma pessoa de verdade.
Mas quando falamos de máquinas substituindo pessoas em suas funções é importante destacar que já passamos por inúmeras revoluções nos empregos provocadas por máquinas ou ferramentas. Em um primeiro momento as máquinas não inteligentes. Pode ser uma enxada sendo substituída por uma colheitadeira capaz de fazer o serviço de centenas de trabalhadores rurais ou uma simples parafusadeira capaz de substituir trabalhadores da indústria automotiva.
Mais recentemente os computadores substituíram dezenas de bancários e carteiros.
A evolução tecnologia não parou durante toda a história da humanidade. E não irá parar por agora. Pelo contrário. Sempre evolui em uma velocidade cada vez maior.
Atividades na medicina, no direito e até na educação são passíveis de terem ganhos de eficiência quando recebem o apoio de máquinas agora com componentes da chamada inteligência artificial. Análises de exames de imagem como um simples raio x ou uma ressonância magnética podem ser feitas aos milhares em poucos minutos por máquinas bem treinadas sugerindo diagnósticos precisos. Estruturação de textos jurídicos pautados em leis ou até mesmo uma campanha de propaganda ou notícia de jornal podem ser escritas por uma inteligência artificial com capacidades de linguagem natural. No entanto, muitos desses serviços ainda não podem ser 100% substituídos por máquinas. Aliás até mesmo um simples atendimento ao consumidor não é eficiente e totalmente satisfatório quando deixado aos cuidados exclusivos de máquinas.
Assim como na primeira revolução industrial a tecnologia liberou a capacidade humana das atividades repetitivas para pensar na evolução e inovação este efeito será cada dia mais significativo. Portanto, a capacidade de inovar que está intimamente ligada a uma boa educação é o que permitirá você ter um emprego que não é facilmente substituível por uma máquina.
Neste sentido, a única coisa que de fato importa se o seu emprego sumir é a sua disposição e tempo disponível para aprender e se adaptar a uma nova atividade.
Empresas que faziam máquinas e filmes fotográficos sumiram e deixaram ao menos uma centena de milhar de desempregados pelo mundo, mas hoje na cadeia de suprimentos de equipamentos de fotos e vídeos digitais emprega-se até 10 vezes este número de trabalhadores. Os trabalhadores da indústria de fotos analógicas não foram em sua maioria para a indústria de fotos digitais, mas o número de empregos aumentou. Portanto, esteja preparado para mudar completamente de área ou se readaptar a nova realidade da sua atual área de atuação.
Esteja atento, pois o único bom remédio para este problema da transição de curto prazo é a educação de qualidade e abundante e sua capacidade de voltar a aprender algo do zero. Portanto, destaca-se que a capacidade de aprender e reaprender deve ser treinada nos jovens pois a velocidade de evolução das tecnologias aumenta a cada dia.
Afinal um dia no passado 50% da força de trabalho americana já foi alocada na agricultura, hoje apenas 2%. As pessoas que saíram da agricultura e se realocaram, permitiram que novas indústria surgissem e crescessem. A exemplo das indústrias de automóveis, aviões, computadores ou até mesmo a de alimentos industrializados. Hoje temos menos agricultores, mais colheitadeiras e também mais médicos, mais artistas, mais professores etc ….
Esteja preparado e atento. O efeito não é novo, mas exige atenção e disposição para mudar e aprender.