O que vem à sua mente quando pensa na palavra espírito?
Assim como eu, você já se deve ter interessado em saber mais sobre o assunto, e ter até buscado respostas, pois este é um tema que muito inquieta o ser humano.
Nesse sentido, vou apresentar alguns aspectos que me têm ajudado a formar um conceito baseado na lógica, tornando o tema mais acessível e dentro da realidade.
Mas por onde começar?
Primeiro é importante dizer que o que tenho compreendido não está relacionado com nenhum conceito religioso e também que, ao estudar sobre o assunto, aprendi que me devo ater ao meu próprio espírito. É ele que devo procurar compreender, para ampliar cada vez mais o entendimento de sua atuação na minha vida.
Por que possuímos um espírito?
Observando o ser humano, podemos comprovar que ele possui capacidades que o distinguem dos demais seres, sendo dotado de uma constituição biológica, psicológica e espiritual e possuindo duas naturezas: uma física e uma espiritual.
A natureza física atende todas as necessidades biológicas do nosso organismo, que realiza todos os processos de forma automática, sem qualquer necessidade de nossa intervenção comandando cada sistema do nosso corpo com total harmonia.
Além da parte biológica, a natureza física responde também pelo nosso mecanismo psicológico, que é constituído por três grandes sistemas — mental, sensível e instintivo. É este que permite a atuação da inteligência, e de suas capacidades de pensar, raciocinar, refletir, imaginar, entre muitas outras, e que tem possibilitado a humanidade avançar nos diversos campos do desenvolvimento material.
O sistema sensível é o que permite que desfrutemos dos grandes sentimentos, como o amor, a gratidão, a generosidade — essenciais para a criação de vínculos entre os seres humanos, tornando os relacionamentos mais fortes e duradouros.
O sistema instintivo, por sua vez, cumpre a função de manter e perpetuar a espécie humana.
E a natureza espiritual? Podemos comprovar sua existência, assim como na parte física? A criatura humana sempre buscou transcender suas limitações, ficando evidente que não somos constituídos inteiramente pela natureza material; algo superior anima nossa vida e, ainda que não possamos ver ou tocar essa parte imaterial, ela pulsa em cada um de nós.
É essa parte que corresponde ao nosso espírito — nossa essência superior e imperecível. É a energia que sentimos quando superamos momentos muito difíceis, quando muitas pessoas afirmam: “Não sei de onde tirei forças”. É essa parte espiritual que move o ser humano a indagar sobre as questões profundas vinculadas à vida e à morte. O espírito promove essas inquietudes, levando-nos a buscar o saber que está além do conhecimento comum e que atende unicamente às exigências da vida corrente.
Aprender a sentir o influxo da natureza espiritual, assim como experimentar a realidade da nossa constituição psicobiológica, nos permite sermos seres humanos melhores e nos aproximar de Deus.
Dessa forma, pensar no espírito é procurar compreender a sua importância e atuação na própria vida, desvendando um enigma que há muito desafia o entendimento humano.
Um pensamento de Luciana Regina Andrade Moreno
Luciana Regina Andrade Moreno, natural de Uberaba, formada em Pedagogia. Estuda e é docente de Logosofia na Sede de Uberaba desde 2004.