Recentemente o município de Itajubá passou por momentos difíceis no que tange às implicações impostas pela pandemia do Covid-19. A cidade viu uma escalada nos casos de contágio, na ocupação da sua rede hospitalar, incluindo leitos de UTI lotados e tendo que ser expandidos às pressas. Como desfecho: o resultado trágico do alto número de óbitos. Esta situação implicou na necessidade de maiores restrições para a circulação de pessoas e para o desenvolvimento das atividades econômicas.
A população já cansada dos fardos impostos pela pandemia, e polarizada politicamente, sem uma coordenação centralizada e consensual entre os diversos entes da federação, se mostrou em 2021 menos receptiva as restrições, gerando ondas de protestos, períodos mais curtos de isolamento e subsequentes aglomerações em curto espaço de tempo.
Ainda que durante poucas semanas o isolamento, no nosso caso chamado de onda roxa pelo governo do estado de Minas Gerais, somado a algumas restrições adicionais impostas pela prefeitura teve sua efetividade que somada ao fato de Itajubá ter sido uma das primeiras cidades da região a ser acometida pela nova cepa P1 mais transmissível visualizou nas duas últimas semanas uma redução esperada do número de óbitos.
Os Gráficos 1 e 2 mostram as evoluções de casos e óbitos em nosso município, quando comparado com outras regiões e cidades do país. Nota-se que Itajubá teve evolução precoce dos casos e dos óbitos. Por ter sido pega de surpresa nossa cidade sofreu mais que outras regiões do Brasil.
Gráfico 1 – Casos de Covid-19 em Itajubá e demais regiões do país.
Gráfico 2 – Óbitos por Covid-19 em Itajubá e demais regiões do país.
O Gráfico 3 mostra como o efeito surpresa castigou nossa cidade, assim como Manaus, que também sofreu a onda da cepa P1 antecipadamente.
Gráfico 3 – Óbitos por Covid-19 em Itajubá e Outros Municípios Selecionados.
Os dias mais recentes foram marcados por uma redução no número de óbitos e avanços na vacinação dos idosos. No entanto, a população já cansada da pandemia e menos propensa a colaborar por diversos fatores, sejam eles de razão econômica ou de influência política têm afrouxado nos cuidados como adoção do uso de máscaras e manutenção do distanciamento.
Deixamos, portanto, o alerta. Ou a população continua seguindo as regras de distanciamento e uso de máscaras ou novamente teremos que enfrentar crescimento no número de óbitos e necessidades de restrições impositivas mais duras.
Vale ainda lembrar que nossa vacinação segue em passos lentos. Agora com as exigências mais complexas para atender os critérios dos grupos de prioridade de vacinação impostos pelo Plano Nacional de Imunização, como o registro das comorbidades no sistema do SUS ou apresentação de atestados a vacinação reduziu a cerca de 50% da velocidade em que evoluía na fase de vacinação dos idosos.
Se nossos problemas não são resolvidos com a vacinação. Nos resta sermos cuidadosos com os instrumentos de proteção que temos! Boas máscaras e a não aglomeração em espaços fechados sem necessidade.
Os bons resultados das suas finanças e da economia da nossa cidade e região dependem do seu comportamento perante o grave problema da pandemia do Covid-19. Os seus cuidados com a sua saúde e dos demais munícipes é que irão impedir que vivenciemos maiores restrições econômicas.
Até o nosso próximo painel de Educação Financeira.
Mantenham os cuidados com a saúde!
Autores:
Prof. Dr. André Luiz Medeiros
Prof. Dr. Moisés Diniz Vassallo
Prof. Dr. Victor Eduardo de Mello Valerio
DENARIUS – Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Educação Financeira
Instituto de Engenharia de Produção e Gestão (IEPG)
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
O painel de educação financeira é uma parceria do programa Conexão Itajubá com o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Educação Financeira (DENARIUS UNIFEI).