As pessoas que por ali passavam começaram a parar. Primeiro um pequeno grupo, depois um grupo maior e, por fim, muita gente. Voltando-se para os curiosos, o homem exclamou:
‘Parece mentira! Esta porta mede apenas dois metros por oitenta centímetros, no entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, o meu carro, o pão dos meus filhos; passaram os meus móveis e a minha casa com o terreno! E não foram só bens materiais; por ela também passaram as esperanças da minha esposa, a minha saúde e toda a felicidade do meu lar.’
Começando a chorar, ele continuou:
‘Além disso, passaram pela porta: a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos e os meus melhores planos. Sim, senhores, todos os meus planos de construir uma família feliz passaram por esta porta, dia após dia, gole por gole. Hoje, eu não tenho mais nada: nem família, nem saúde, nem esperança. Mas, quando passo pela frente desta porta gigante, ainda ouço o chamado daquela que é a responsável pela minha desgraça – a bebida! Ela ainda me chama insistentemente: Só mais um trago! Só hoje! Uma dose apenas! Você bebe socialmente, lembra-se?’
E mais gente foi parando para ouvir a história daquele homem desolado, que dizia:
‘Esse era o chamado, essa era a isca. E mais uma vez eu caía na armadilha, dizendo comigo mesmo que: quando eu quiser, eu paro. Isso é o que muita gente pensa, mas só pensa. Eu comecei com um cálice, mas a bebida me dominou por completo.
Hoje eu sou um trapo humano, e a bebida… bem, a bebida continua fazendo suas vítimas. Por isso é que eu lhes digo: esta porta é a porta mais larga do mundo! Ela tem enganado muita gente. Por esta porta do vício, de aparência tão estreita, pode passar tudo o que se tem de mais caro na vida!
Agora sei dos malefícios do álcool, mas muita gente não sabe ou, se sabe, finge não saber para não admitir que está sob o jugo da bebida. E o que é pior: há pessoas com esse maldito veneno dentro do próprio lar, à disposição dos filhos! Ah, se os senhores soubessem o inferno que é ter a família destruída pelo vício, certamente passariam longe dele e se protegeriam contra essas ameaças.’
Depois de desabafar e visivelmente amargurado, o homem se afastou a passos lentos, deixando motivos de profundas reflexões a cada pessoa que o ouviu.
E confirmando suas palavras, o Ministério da Saúde divulgou que o álcool é a droga mais usada pelos jovens no Brasil, e o consumo começa cedo: em média, aos 13 anos. E o pior é que o álcool também é a porta principal de acesso às demais drogas.
E você sabia que a influência da TV e do cinema nos hábitos de crianças e adolescentes foi recentemente comprovada por pesquisadores americanos? Por todas essas razões, vale a pena orientar melhor nossos jovens, para não aumentar essas tristes estatísticas. Precisamos defender a vida em todas as circunstâncias, quer seja na prevenção, quer seja na ação.
Portanto, cada brasileiro pode e deve contribuir para um mundo melhor, sabendo que a vida está em primeiro lugar. Veja, nesta história, quanta sabedoria de um médico ao abrir a porta da salvação:
Uma moça foi ao ginecologista com a proposta de fazer um aborto. O médico, então, lhe perguntou por que estava tomando aquela infeliz decisão, e ela argumentou:
– Eu já tenho um filho de dois anos que me dá muito trabalho. Não consigo tempo pra mais nada, a não ser lavar roupas, cozinhar, arrumar a casa e cuidar dele. Não quero outro filho agora.
– Então, façamos o seguinte – disse o médico. – Vamos matar o seu filho de dois anos e você terá menos serviço enquanto espera o bebê nascer.
– O senhor está louco? – respondeu indignada a moça. – Como pode propor tirar a vida do meu pobre filho?
– A sua proposta é ainda pior: quer tirar a vida de uma criança que nem mesmo conhece! Faça o seguinte: volte para casa e retorne aqui na próxima consulta. Ah, outra coisa: reze para Deus colocar mais amor no seu coração.