No último artigo, comentei a respeito de um texto da internet, intitulado ‘As 18 dicas para ser feliz’, e conclui que as leis que sigo para a felicidade eterna e superação com fé das provações são ‘Os 10 Mandamentos’; mas, logo após escrever aquele artigo, recebi mais isto de uma querida jovem:
Três coisas que devemos cultivar: o esforço, a verdade e a perseverança. Três qualidades que devemos preservar: o caráter, a nobreza e um coração de criança. Três colunas que devemos manter: a calma, o otimismo e a serenidade. Três flores que devemos plantar: a justiça o bem e a cordialidade. Três tesouros para adquirir: bons livros, bons discos e muita alegria. Três vampiros que devemos expulsar: a cobiça, o medo e o rancor. Três fontes inesgotáveis para beber: no verde da natureza, no azul do céu e na majestade do mar. Três bandidos que devemos matar: o pessimismo, a covardia e o desânimo. Três legados a defender: a honra, a pátria e os amigos. Três diamantes a burilar: o trabalho, a prece e o silêncio. Três galhos a podar sempre: a língua, a indisciplina e a maledicência. Três irmãs gêmeas que devemos nutrir: a fé, o amor e a esperança.
Bonito, hein! Realmente, quem conseguir cumprir estes trinta e seis conselhos, sem dúvida, será uma boa pessoa; mas podemos afirmar que essa criatura certamente entrará no Céu? Seria possível ter tantas qualidades e, mesmo assim, cometer pecados mortais? Pode parecer estranho, porém, eu acredito que sim, e vou explicar.
Sabemos que ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’ é o nosso primeiro mandamento, portanto, quem idolatra outros deuses será condenado; certo? E não existem pessoas que participam de diversas seitas, acreditam em tudo o que ouvem e praticam o bem em nome de um deus que não existe? E quantos são alertados em vão a respeito do pecado mortal que estão cometendo!
Sabemos também que fazer o bem por fazer, com vaidade, sem amor a Jesus e ao próximo, não significa praticar a caridade. Então, não são quaisquer tipos de ‘fé, amor e esperança’ que nos conduzem à salvação. Jesus deixou isso bem claro na Parábola da Vinha – capítulo 21 de Mateus –, inclusive se dirigindo aos sumos sacerdotes e fariseus – que esbanjavam fé, amor e esperança! Ele lembrou a todos que “a pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular”.
Quando se prende uma videira, ela ergue-se; quando se poda, não é para diminuí-la, mas para fazê-la crescer. O mesmo acontece com o povo santo: se o prendem, ele liberta-se; se o humilham, ele ergue-se; se o talham, acabam por coroá-lo, porque a justiça do Criador prevalece na vida daqueles que O aceitam e O amam de verdade.
Bem, acredito que não é difícil concluir o seguinte: quanto mais virtudes tivermos, melhor; quanto mais aceitarmos os bons conselhos que recebemos, ótimo; contudo, se não formos suficientemente humildes para seguir Jesus Cristo, poderemos ficar fora do Paraíso!
Chega ao Céu quem não faz mal a ninguém, só fala a verdade, age com serenidade, mas não reza ou vai à missa? Como a misericórdia Divina é infinita, também não podemos afirmar com absoluta certeza que essa pessoa não se salvará, mas o risco de se dar mal é muito grande àquele que age assim. E vale a pena arriscar cair no inferno?
No coração de cada cristão, existe a certeza de que somente a sabedoria da Palavra de Deus não pode ser contestada, e Jesus nos chama para o serviço: “Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça vosso servo. E o que quiser tornar-se o primeiro, se faça vosso escravo” (Mt 20, 26-27). Infelizmente, nem mesmo a união de esforços de muita gente é capaz de salvar alguns incrédulos e colocá-los a serviço do Reino, mas não podemos desanimar, como nesta história:
Havia duas tribos em guerra nos Andes. Uma vivia na parte baixa e, a outra, escondida na parte mais alta de uma montanha. Um dia, a tribo de baixo foi invadida pelos povos do alto que, além de roubarem os inimigos, raptaram um bebê e desapareceram. Como não sabiam os caminhos para chegar ao alto, o chefe do povo saqueado enviou seus melhores guerreiros para tentar subir a cordilheira e trazer a criança de volta.
E os homens tentaram diferentes métodos de escalada, mas após vários dias de esforços, não tinham subido nem quinhentos metros! Sentindo-se impotentes e sem esperança, consideraram a causa perdida e se preparavam para voltar à cidade, quando viram a mãe do bebê andando na direção deles. Perceberam, então, que ela descia a montanha com uma criança amarrada às costas! Como era possível?
Um dos homens a saudou, dizendo: ‘Olá! Não tivemos êxito em subir a montanha. Como você chegou ao alto se nós, muito mais fortes e capazes, não conseguimos?’ Ela encolheu os ombros e respondeu: ‘É que não era o filho de vocês que estava lá!’
Pois é, quando nos motivamos para um grande ideal, ninguém segura! E há um objetivo maior do que entrar no Céu? Graças a Deus, isso é muito fácil: aceitando todos os bons conselhos que recebemos, mas sem cometermos pecados mortais e nunca deixando de rezar. Ver a face de Jesus sempre será a nossa recompensa.
Por Paulo R. Labegalini
Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).
Livros do autor:
1. Gotas de Espiritualidade – Editora Bookba (à venda na Amazon, Americanas, Shoptime, Magalu…) – mensagens diárias de fé e esperança, com os santos de cada dia.
2. Pegadas na Areia – Editora Prismas / Editora Appris
3. Histórias Infantis Educativas – Editora Cléofas
4. Histórias Cristãs – Editora Raboni
5. O Mendigo e o Padeiro – Editora Paco
6. A Arte de Aprender Bem – Editora Paco
7. Minha Vida de Milagres – Editora Santuário
8. Administração do Tempo – Editora Ideias e Letras
9. Mensagens que Agradam o Coração – Editora Vozes
10. Projetos Mecânicos das Linhas Aéreas de Transmissão (coautor) – Editora Edgard Blücher
11. Mecânica Geral – Estática (coautor) – Editora Interciência