Eu ficava fascinada olhando o céu estrelado pela janela do meu quarto. Era um verdadeiro espetáculo nas noites quentes: deixar a janela aberta, no 3º andar do prédio onde morava! Adormecia contemplando as estrelas no seu cintilar harmônico, como se brincassem no espaço. Noites da minha infância naquela bela cidade do Rio de Janeiro.
Não recordo dos lindos sonhos que certamente embalavam o meu sono infantil, mas ainda é presente em mim a emoção sublime que aquela realidade promovia no meu ser.
Transcorridos tantos anos, vejo-me agora às voltas com o firmamento e as reflexões que me inspiram nos dias de hoje, relacionando-as com a minha própria vida.
Um grande sol tem iluminado o meu viver, mostrando-me que o ser humano é uma criação preciosa neste universo que tanto me agrada contemplar. Uma criação que deve alcançar seu próprio brilho ao percorrer o caminho da evolução consciente, superando-se a cada dia. Refiro-me à Logosofia, ciência que encontrei aos meus 22 anos de idade e que, como um sol, me acompanha desde então, orientando-me na arte de viver e de conviver.
Venho transformando a minha vida num campo rico de experiências, onde procuro lapidar meu próprio ser, alcançando resultados que me mostram o quão preciosos somos neste fabuloso universo.
Um desses campos está representado pela família, conjunto em que pude alcançar maravilhosos resultados, hierarquizando as relações afetuosas entre todos os seus integrantes. Neste campo, em especial, tenho cultivado valores internos que asseguram a harmonia no lar, irradiando aos meus familiares o que tenho aprendido com a Logosofia.
Sou casada há 43 anos, tenho dois filhos amorosos, e seus cônjuges — que são como filhos para mim. E, em meio a esta família querida, tenho quatro netinhas lindas! Este núcleo familiar é como estrelas que brilham e nos comovem continuamente.
Nesta resenha da minha vida, recordo-me como a insegurança e o temor pelo futuro levavam-me ao vazio inquietante por não encontrar respostas para as profundas perguntas que trazia comigo: “Qual o sentido da vida? De onde vim? Para onde vou? Por que sou o que sou?” Perguntas que me levavam a sofrer diante da sensação do “nada”, como uma noite sem estrelas.
Com a Logosofia, e seu método de estudo e prática, tenho aprendido a exercitar-me no manejo da maravilhosa engrenagem mental, sensível e espiritual que todo ser humano possui. Essa engrenagem me leva a descobrir os tesouros que trago em meu ser na forma de valores internos e me auxilia no combate às deficiências psicológicas, ajudando a superar-me.
Recordo, por exemplo, o quanto algumas deficiências psicológicas assumiam o governo de minha vida, impedindo-me de enfrentar situações novas e limitando minhas realizações. Com o auxílio da Logosofia, tenho colocado-me diante de meu próprio ser com valentia e firmeza, alcançando resultados que transformam minha vida e fazem-na “cintilar” pela presença de pensamentos e sentimentos elevados.
Os dias já não mais agonizam ao entardecer, destituídos de sentido. Ao contrário, a chegada da noite traz-me a certeza de estar trilhando o único caminho atribuído à espécie humana, capaz de a fazer brilhar em conquistas que enobrecem o viver. Tais conquistas são como as estrelas representadas pela luz da vida consciente!
Hoje é grande a emoção de gratidão à Logosofia e ao seu criador, Carlos Bernardo González Pecotche, por tudo o que tenho vivido desde que iniciei os estudos desta ciência. E é essa mesma emoção de gratidão que me estimula a redigir estas linhas, no intuito de estender esse grandioso bem a outros seres humanos que, como eu, anseiam dar um sentido elevado à própria vida e aos demais ao seu redor!
Um pensamento de Maria Helena Lopes