Por isso, me policio para divulgar somente aquilo que contribui para a promoção da vida, o crescimento da fé e a salvação da alma. Também quando tenho certeza que algumas pessoas pensariam que estou exagerando na conclusão da graça recebida, deixo de relatar.
Hoje, porém, resolvi abrir o coração e trazer à tona parte do que ficou pra trás. Estarei me expondo um pouco mais e envolvendo alguns amigos nos relatos, mas, por ser tudo verdade, pode contribuir para novas conversões.
Um dia, meu amigo Paulo Augusto Bonaldi foi à minha sala na UNIFEI para pedir oração. Na época, ele confessou que rezava pouco, mas confiava na oração dos amigos. Estava meio desesperado com uma dor no pé que não passava há meses. Segundo ele, já havia consultado vários médicos e feito muitos tratamentos, sem resultados de melhora.
Bem, eu aceitei o compromisso de ajudá-lo com orações e pedi que também o fizesse, mas com maior frequência e confiança. Pouco tempo depois, ele voltou e trouxe a boa notícia que estava curado. No primeiro agradecimento que me fez, expliquei que apenas fui um dos agentes intercessores da graça recebida, pois sua esposa também rezou e contribuiu bastante para isso. A cura o ajudou a confiar mais na oração e, por iniciativa própria, começou uma novena e alcançou outra graça.
Como nem só notícia ruim corre de boca em boca, o Bonaldi encontrou-se com o médico Jarbas de Brito e confidenciou que Nossa Senhora era íntima comigo. Então, muito tempo depois, eu assumi outro compromisso: rezar pela cura das aftas do Jarbas que o incomodavam há anos. E mais uma vez a graça aconteceu! O fato foi tão marcante em sua vida que ajudou a reacender a fé em seu peito.
Mais histórias como estas de cura pela oração eu teria para contar em detalhes aos montes, mas o que concluir disso tudo? Já pensei muito a respeito e tirei minhas conclusões.
Em primeiro lugar, sei que não tenho poder algum de estar curando pessoas, apenas sou atendido em alguns casos por ter pequenos méritos com Deus. Como nunca digo ‘não’ aos chamados de evangelização, Ele me atende quando o pedido é de Sua vontade.
Segundo, o meu amor por Nossa Senhora é tão grande que minha Mãezinha não deixa de me conceder graças. Tudo o que preciso coloco em suas mãos e confio plenamente no seu poder. Se Jesus veio ao mundo por ela, também continuarão vindo bênçãos sobre bênçãos por meio dela.
E um terceiro ponto importante a considerar é que há inúmeras intenções que rezo há anos e ainda não foram atendidas. Por quê? Bem, o nosso tempo é diferente do tempo de Deus e cada um receberá o que merece na hora certa. Quem já alcançou alguma graça maravilhosa, tem o compromisso de viver com dignidade cristã e ajudar na construção do Reino; e quem continua carregando sua pesada cruz com oração, o Céu o espera para mostrar quão bela é a recompensa.
Eu publiquei um livro pela Editora Santuário – ‘Minha Vida de Milagres’ – onde digo que tenho sido muito abençoado após minha conversão em 1994. Passei a rezar mais, trabalhar em várias pastorais e ajudar os necessitados. Isso não está ao alcance de todos? Só não participa desses trabalhos comigo quem não quer.
E quando caminhamos com Jesus e Maria no coração, os sinais não param de chegar. Num sábado, na dúvida se poderia ou não comungar por estar sem confessar há meses, acabei não indo à mesa do altar. No dia seguinte, durante a missa, eu disse a Jesus que não tinha nenhum pecado mortal no coração e, pedindo perdão pelos pecados menores, fui recebê-lo na Eucaristia. Pois bem, sem perceber, a ministra colocou duas Hóstias em minha mão! Julguei que Jesus quis ‘repor’ minha comunhão do dia anterior.
Para concluir o quanto devemos nos entregar nas mãos de Deus, eis um testemunho do Monsenhor Jonas Abib:
“Vivi uma experiência inesquecível há algum tempo. Numa missa, percebi uma alergia muito intensa na mão de uma pessoa que ia receber a Eucaristia. No momento em que coloquei a Hóstia em sua mão, a alergia desapareceu. Durante todo o restante do rito da comunhão fiquei me perguntando: ‘Senhor, o que vi foi mesmo real ou foi impressão minha? O Senhor curou?’. Após a comunhão, tive a coragem de anunciar aquela cura e falei em voz alta: ‘Onde você estiver, se manifeste e mostre para as pessoas a sua mão’. A resposta foi imediata: com lágrimas nos olhos, a pessoa mostrou a todos sua mão curada!”
Acredito que haverá muito mais a contar quando Deus me revelar novas curas. Assim seja!