A agropecuária foi a principal responsável pela elevação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2008. Do ponto de vista da produção, o setor cresceu 3,8% em relação aos três primeiros meses do ano, acima da taxa de crescimento do PIB, que foi de 1,6% no mesmo período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (10).
Na comparação com o segundo trimestre de 2007, o PIB cresceu 6,1% e, mais uma vez, o setor agropecuário foi destaque, com alta de 7,1%. Nos dois casos, a agropecuária ficou à frente de indústria e serviços, de acordo com o resultado das Contas Nacionais Trimestrais – Indicadores de Volume e Valores Correntes divulgadas.
Segundo a economista da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Cláudia Dionísio, alguns produtos importantes tiveram concentração na safra de abril a junho de 2008. “Café em grão, milho, arroz em casca e soja têm uma projeção de crescimento para este ano e, durante o segundo trimestre, tiveram uma colheita relevante”, explicou. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola estima que, em 2008, a colheita daqueles produtos deverá crescer respectivamente 27,7%, 12,8%, 9,6% e 3,6%.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, acredita que o bom resultado do PIB reflete a capacidade do Brasil em dar respostas às necessidades mundiais de alimentos. “Basta o mercado se manter com preços adequados e o governo adotar as políticas de estímulos necessários. Estes resultados coincidem com a queda do índice de inflação verificada nos últimos dois meses. Houve maior oferta de alimentos, o que já pressionou a inflação para baixo”, destacou.
Seguro Rural – Outro fator que tem contribuído para o crescimento da agropecuária nacional é a expansão do seguro agrícola impulsionado pelos programas federal e estaduais de subvenção ao prêmio. O Ministério da Agricultura é responsável pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, que se compromete a pagar de 30% a 60% do prêmio contratado pelo produtor. Em 2006, o orçamento do programa foi de R$ 61 milhões, dos quais foram usados R$ 30 milhões. No ano seguinte, foram aproveitados R$ 61 milhões dos R$ 99,5 milhões reservados. Para 2008, R$ 160 milhões estão à disposição do produtor rural. Atualmente, 45 culturas fazem parte do programa, dentre elas soja, trigo e milho.
Fonte: Maxpress / Ministério da Agricultura