E lá vamos nós, brasileiros, de polêmica em polêmica, de negativismo em negativismo. Agora a ordem parece que é “liberou geral” em relação às medidas contra a pandemia.
Teremos réveillon, teremos Carnaval, decidimos voltar ao normal enquanto os novos casos aumentam no mundo todo.
É verdade que a estratégia da “covid zero” deu lugar à de “viver com a covid” na Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Singapura, por exemplo, ao reduzirem as restrições. O novo plano, porém, não significa permitir a livre propagação, mas controlar o vírus por meio de dois pilares: vacinação e testagem.
No Brasil, onde mais da metade da população está com a imunização completa, a retomada das atividades esbarra justamente na falta de política de testagem, a melhor opção em termos sanitários e econômicos conforme a vacinação avança nos países, segundo especialistas. Apesar de ser o terceiro no ranking de infecções pela doença, atrás apenas de Estados Unidos e Índia, o Brasil ocupa a 125º posição quando se trata da proporção de testes por milhão de habitantes.
A orientação em muitos estados e municípios brasileiros é de que apenas casos sintomáticos sejam testados, deixando passar a grande maioria das infecções que são assintomáticas.
“Óbvio que o vacinado tem uma chance muito pequena de ter covid grave e uma chance menor de se infectar e transmitir, mas isso não é zero. E o que estamos vendo é que temos grande circulação viral mesmo com alta taxa de vacinação.”, diz Evaldo Stanislau, infectologista no Hospital das Clínicas da FMUSP.
Vejamos o que acontecerá nos próximos tempos, num país de tradição polêmica e negativista durante todo o tempo da pandemia, com o consequente número absurdo e imoral de mortes.
Que Deus nos proteja!
Graça Mota Figueiredo