Começaram os ajustes para a economia brasileira. Os ajustes são necessários e já eram esperados desde 2014. No segundo semestre do ano passado os professores Hector Gustavo Arango e Cirineu Ferreira dos Santos falaram ao Conexão Itajubá sobre o atual panorama da economia do Brasil e já adiantaram que não haveria maneira de recuperá-la sem que medidas fossem tomadas e que isso aconteceria independente do Governo que viesse a assumir o país.
A grande dúvida, comenta o professor Hector, era quanto à intensidade desses ajustes. O novo cenário começou a ficar claro a partir da escolha da equipe econômica da reeleita presidente Dilma Rousseff e pelo perfil dos indicados ficou nítido que os ajustes seriam sérios. Os atuais anúncios do Governo só confirmam essa expectativa e pelo teor do discurso o ajuste não será feito, como em outras ocasiões, através de um conjunto de medidas abaixadas em um único dia, mas que no final de um período configuram um pacote.
A situação da economia brasileira veio se deteriorando ao longo de um processo, mas a Copa do Mundo e Eleições anestesiaram a mídia e a população em geral. Agora é hora de tomar consciência da real situação. No Brasil mais de 50% da população não conseguiu conseguiu pagar suas dívidas e desses, mais da matade tem dívidas no setor financeiro, como bancos. A quitação dessa dívida deve ser feita o mais rápido possível, pois conforme os ajustes vão sendo feitos, os juros deverão subir.
A população também deverá gastar mais, já que não haverá repasse do tesouro nacional para o setor elétrico para equilibrar a conta de energia. Da mesma maneira uma série de cargas tributárias deixarão de serrem subsidiadas, além de ser esperado um aumento no combustível. De um modo geral a vida vai ficar mais cara e haverá menos renda para gastar.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM