Quando jovem, eu fazia outras brincadeiras para provocar risadas; por exemplo: ‘Há três tipos de pessoas: as que entendem as coisas e as que não entendem as coisas que falamos. Você entendeu?’. Qualquer que fosse a resposta, havia gozação de alguns presentes na conversa.
Bem, e de piada em piada, o tempo foi passando e as mágoas também foram superadas com algum humor nos relacionamentos. Até hoje gosto de participar de reuniões descontraídas, desde que não haja falta de respeito nem muitos palavrões. E como não consigo incluir lazer na minha vida, os bate-papos do dia-a-dia também servem para aliviar a carga de trabalho.
Mas, como fui tocado no coração de vinte anos para cá e compreendi a minha verdadeira missão de batizado, incorporei às piadas um pouco de evangelização. E isso tem aumentado gradativamente, graças a Deus, mostrando às pessoas que não custa nada nos esforçarmos na pregação do amor; aliás, todos ganham com isso.
No capítulo 4 de Lucas, está escrito: “Impelido pelo Espírito, Jesus veio a Nazaré e, segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor’.”
Quem são os mais pobres nos dias de hoje? Com certeza, aqueles que não têm Deus no coração! E os cegos? Aqueles que não enxergam a Palavra de Deus! E os cativos? Os que precisam de ensinamento Divino para se libertarem do mal! Pois é, somente quem busca a Verdade será capaz de contemplar a alegria da salvação. Os olhos do corpo podem não ver o sofrimento do pagão, mas os olhos do espírito nos levam a enxergar além das aparências.
E quer saber como fazer isso a toda hora? É fácil: com oração, esperança, alegria e perseverança. Ah, e o mais importante: nunca caminhando sozinho, mas comprometido com pastorais católicas que se preocupam em promover a vida.
Ora cantando, ora rezando, ora trabalhando, os objetivos vão sendo alcançados e as tentações se afastando; por exemplo: mesmo gostando de brincar com os amigos, já não conto piadas sujas por dois motivos: respeito ao próximo e ao anjo da guarda que me acompanha.
Agindo assim, também não corro o risco de algumas pessoas se afastarem de mim por ser desbocado e não sinto prejuízo algum nesse procedimento. Há tantas histórias e brincadeiras sadias que as pornográficas nem têm vez na conversa. Se você já experimentou deixar de falar besteiras a toda hora, sabe como isso nos faz bem.
Há pouco tempo, contei a seguinte piada a alguns amigos:
Uma loira sentou-se ao lado de um senhor idoso no avião e, para passar o tempo, propôs a ele o seguinte:
– Vamos fazer um jogo? Você me faz uma pergunta e, se eu acertar a resposta, ganho cinco reais; se errar, perco cinco. Depois será a minha vez de perguntar. Topa?
– Certo, vamos jogar. Então responda: qual a distância entre a Terra e a Lua?
– Nem imagino! Tome, o senhor ganhou cinco reais. Agora, responda-me: o que é que sobe a montanha com três pernas e à noite desce com quatro?
– Puxa, essa é mesmo difícil! Diga-me, minha filha, o que sobe a montanha com três e a desce com quatro pernas?
– Não sei. Toma mais cinco reais.
Quem acha brincadeira de mau gosto contar piadas de loiras, me desculpe, mas sabemos que a intenção não é denegrir a inteligência de ninguém, apenas criou-se uma alternativa a mais para nos divertirmos, certo? Da mesma forma que os portugueses se acostumaram com as gozações, as loiras passaram a nos dar dois prazeres: falar delas pela beleza natural e, também, nas piadas – sempre com respeito de minha parte. Eis outra:
Uma loira acha que seu marido está tendo um caso e aponta a arma para a própria cabeça. O marido, pula da cama implorando para que ela não se mate e, aos berros, a loira responde: ‘Cale a boca, cretino. Você é o próximo!’.
Concluindo, se a alegria está presente na sua rotina diária, ótimo. Se não for o seu estilo, renove-se e tente ser o mais alegre que puder. E lembre-se desta frase de Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora a fazer um novo fim”.