• Agenda Agenda
  • Artigos Artigos
  • Painel de Empregos Painel de empregos
  • Telefones Úteis Telefone Úteis
  • Podcast Podcasts
  • Busca Busca
  • Nosso Site
    • Quem somos
    • Conexão na Panorama
    • Mural de recados
    • Fale conosco
  • A Cidade
    • História
    • Dados demográficos
    • Fotos
    • Vale a pena visitar
  • Oportunidades
    • Outras ofertas
    • Envie sua oferta
  • Parceiros
    • Reclamações Procon
    • TamanduáTI
Buscar no Conexão Itajubá
  • Home
  • Artigos Verbo Inverso
  • ALEGRIAS E AGONIAS DE MÃE

ALEGRIAS E AGONIAS DE MÃE

Publicado por Misa Ferreira em 12/05/2022

Uma noite dessas, eu já me preparava para dormir quando mudando o canal da TV dei com o “Animal Planet”. Parei. Algo prendeu minha atenção. Era uma praia com milhares e milhares de focas. Machos, fêmeas e filhotes. Alguns de barriga pra cima, outros se arrastando, parecia não haver um único lugar vago em que não houvesse uma foca. A reportagem mostrava uma mãe foca angustiada, desesperada, que por um ínfimo momento de negligência deixou o filhote passear e o perdeu. Ela saiu a procurar por seu bebê e ele também andava a esmo, perdido sem a mãe. De quando em quando ela soltava um grunhido de dor, cheirava a areia procurando identificar naquele infinito de focas o cheiro do próprio filho. Em vão. O filhote também cheirava o chão, subia em cima de outra foca que o repelia, pois não era o seu filhote, vá entender, coisas da natureza. O filhotinho também soltava grunhidos de medo e angústia e já apresentava sinais de exaustão, desidratação e fome. Quando eu já me preparava para passar horas insones de aflição e dor, eles se reencontraram. Cena linda e divina! A mãe alcançou o pequeno e abraçou-o com aqueles braços e mãos de foca, e o filhote se enrodilhava nela como se saciando de amor e proteção da mãe. Imediatamente começou a mamar guloso e depois adormeceu enquanto a foca mãe mantinha vigilante o filhinho aconchegado em seu colo ou seu corpo.  

           Naquela multidão de focas e foquinhas iguaizinhos, a mãe sabia qual era o seu bebê, conhecia seu cheiro, sabia que era ele ou ela. Isso me remeteu a outra cena de desespero de uma mãe gorila que se arriscou num precipício para salvar seu filho, tarefa dificílima porque poderiam ter morrido os dois, mas ela conseguiu, felizmente.  

            Lembrei-me de notícias de mães que nunca aprenderam a nadar e se atiraram em águas profundas e geladas para salvar seus filhos, de mães que lutaram com tigres, que enfrentaram cães ferozes. Lembrei-me de minha mãe que nunca foi afeita a gestos de carinho (não se usava abraçar salvo no aniversário e no Natal), e abraçou-me naquele medo de me perder quando um carro quase me atropelou. Nunca pude me esquecer daquele seu olhar de imenso terror e depois de alívio, tentando me justificar perante o sujeito que saiu bravo do carro. No momento era tudo de que eu mais precisava nos meus espinhosos treze anos, sofrendo de uma total inadequação à vida. Eu sabia que se no futuro faltasse entendimento entre nós, eu jamais me esqueceria de seu olhar compassivo, pois ela compreendeu minhas angústias na iminência de me perder. Como eu a amei! Vendo o bebê foca com a mãe, lembrei-me de minha mãe me abraçando.

A ligação entre mãe e filho é algo muito além de nossa imaginação ou compreensão. Elas próprias, as mães, não sabem avaliar a magnitude deste elo, apenas o sentem de modo avassalador e surpreendente. Mães são um mistério. Parece que trazem dentro de si verdadeiros exércitos com legiões de soldados preparados em ordem de ataque, vulcões em ebulição, ou tornados que levantam casas, carros e arrancam árvores. É força sobre-humana de amor puro, ousado, incondicional, inigualável, inominável. Dizem que algumas células dos filhos ficam incorporadas ao corpo da mãe e vice-versa. Convém não esquecer que as mães já alimentam seus filhos dentro do útero. Assim, não é de se estranhar que elas sejam capazes de proezas inacreditáveis como levantar carros e nadar quando nunca o fizeram antes, tudo para salvar seus filhos. 

Tudo bem quando tudo acaba bem. Oxalá todas as mães do mundo pudessem salvar seus filhos de todos os perigos, mas nem sempre é assim. A reportagem da TV dizia que muitos bebês focas acabam sendo pisoteados pelos machos que sequer os veem ou morrem de fome e sede. E as mães focas continuam procurando por eles incansavelmente até que se dão conta de que não vai ser mais possível salvá-los. É da vida. 

Minha saudação a todas as mães neste 8 de Maio. À minha mãe que está no Céu minha saudade, ternura e meu eterno Amor.

 

Compartilhar

Artigos Relacionados

06/12/2025

A MÁGICA DA MÚSICA


Leia mais
15/11/2025

MEU TESOURINHO


Leia mais
08/11/2025

CANÇÃO DA CHUVA


Leia mais

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

logo

Conexão Itajubá

  • Quem somos
  • Agenda
  • Painel de empregos
  • Telefones úteis
  • Contribua com conteúdo
  • Fale conosco
  • Conexão Itajubá
  • Quem somos
  • Notícias
  • Agenda
  • Artigos
  • Painel de empregos
  • Telefones úteis
  • Anuncie
  • Assine o newsletter
  • Contribua com conteúdo
  • Fale conosco
  • Privacidade e Termos
  • youtube
  • spotify
  • facebook
  • twitter
  • whatsapp
  • instagram
©2005-2025 CONEXÃO ITAJUBÁ - Hospedado por Tamanduá TI
  • Agenda
  • Artigos
  • Painel de Empregos
  • Telefones Úteis