Vamos as informações: Pesquisando no site do governo que informa sobre o mercado de trabalho no país, informações estas obtidas diretamente do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os números constantes do CAGED são fornecidos diretamente ao governo pelos contadores das diversas empresas do Brasil, portanto são dados reais e não podem ser maquiados.
Vejamos os números obtidos em relação a Itajubá e a micro região, que são: Brasópolis, Consolação, Cristina, Delfim Moreira, Dom Viçoso, Itajubá, Maria da Fé, Marmelópolis, Paraisópolis, Piranguçú, Piranguinho, Virgínia e Wenceslau Braz.
O quadro acima mostra a movimentação de todos os setores da economia em nossa região, no período de janeiro a dezembro de 2015. Como podemos ver houve uma perda de postos de trabalho da ordem de 1.389 vagas em Itajubá e de 1.781 vagas na micro região. Em termos de Brasil, houve uma perda no mercado de trabalho de 1.625.551 postos.
Esta crise, na minha opinião, é motivada pela altíssima taxa de juros do mercado. Não vivemos uma inflação de demanda e, portanto, não adianta aumentar os juros para segurar o consumo que não está exacerbado. O motivo deste aumento principalmente é a necessidade de o governo captar mais dinheiro no mercado para que possa cobrir seu déficit orçamentário. O aumento da taxa de juros aumenta o serviço da dívida interna e externa do governo. Vamos nos lembrar que hoje, com esta taxa de 14,25% e uma dívida que beira 2,7 trilhões de reais, os juros pagos são de aproximadamente 384,5 bilhões por ano ou 32 bilhões mensais. Isto é uma bolha que explodirá uma hora ou outra.
Não adianta o governo vir com promessa de baixar a taxa de juros para algumas operações destinadas ao fomento da economia. Não existe credibilidade dos empresários no governo e, portanto, não investirão.
Estes são os dados, agora vamos falar das opiniões de empresários de nossa região. Conversando com um diretor de indústria conhecido de todos, obtive a seguinte história que serve bem para demonstrar o ânimo dos empresários.
Disse-me este industrial que conhece dois grandes empresários localizados em regiões diferentes do Brasil e indagados sobre o que fariam responderam que, como têm suas empresas saudáveis financeiramente e sua situação pessoal também é saudável, ambos disseram, que pagariam todos os seus débitos, dispensariam os empregados e fechariam suas empresas e aguardariam melhores dias para reabri-las.
Então é isso. Essa crise um dia passará, mas o que é mais grave é que em outras vezes havia uma confiança nas medidas tomadas na economia e, desta vez, a credibilidade se foi.
Agora, para desanuviar um pouco, vamos fazer uma brincadeira. Dias atrás ouvi um político muito conhecido falar que não existia alma mais honesta que a dele no Brasil. Ora, eu acredito que sua alma possa ser a mais honesta mais o corpo…….
Fui.