Contrariando o que diz a atual Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, a atual situação econômica do país está longe de ser considerada boa. Em decorrência disso o setor industrial em Itajubá enfrenta sérios problemas. A queda da produção em comparação ao ano passado é superior a 10%, sendo que 1,5 mil pessoas já foram ou serão demitidas, 10% do total de postos de trabalho do município. Algumas empresas já fecharam as portas, outras reduziram turnos e a realidade de férias coletivas fica cada vez mais próxima.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Itajubá – SIMMMEI e diretor da Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG, André Gesualdi, o Brasil está hoje enfrentando uma situação bastante séria no que diz respeito à economia. O cenário é resultado de diversos fatores, entre eles medidas adotadas no país que comprometem de uma maneira geral a indústria. Duas declarações mostram a seriedade da situação.
Para o presidente da Confederação Nacional das Indústrias “A indústria vive um dos piores momentos da história”. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo “O cenário do Brasil hoje é um cenário de depressão, só investe no Brasil quem for louco”.
As estatísticas e as declarações indicam claramente que existe um problema. Hoje o Brasil tem problemas de competitividade internacional. Ao contrário de 10 anos atrás, produzir no Brasil é 23% mais caro que produzir nos Estados Unidos, que deixa o país fora do mercado. O comercio está crescendo a um ritmo muito superior ao crescimento da indústria, o que leva a importar muito mais do que produzir.
Na região sul-mineira, com exceção da indústria alimentícia, todas as cidades enfrentam problemas com a indústria, inclusive com a construção civil que teve uma queda de 30% com relação ao ano anterior. Mesmo cidades que são tidas como referência, como Pouso Alegre e Extrema, não escaparam.
Para que Itajubá não seja engolida pela crise e se blindasse dessa situação só existe uma solução: o sucesso em atrair novas indústrias que poderiam absorver essa mão de obra disponível e para isso faz-se necessário um programa e projeto de governo voltados para esse fim, de maneira a garantir sempre uma “carta na manga” e novas empresas se instalando na cidade de maneira contínua. Um caso de sucesso e exemplo é Jacutinga que atraiu doze novas indústrias em dois anos.
Um projeto já em andamento e que deve se manter aquecido é o Projeto Parque Tecnológico, que não apenas vai permitir que empresas incubadas irão para o mercado como também é um forte atrativo para empresas de alta tecnologia.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM