Outro dia, um deles me perguntou se eu havia aproveitado a minha juventude. Depende, disse eu, depende de como você define o verbo aproveitar, considerando-se que seja um verbo transitivo direto, portanto, pede complemento. E o complemento é o detalhe que faz a diferença. Bom, se o “aproveitar” do caro jovem significa utilizar, não desperdiçar, tornar proveitoso, útil, rendoso, se esse foi o sentido de sua pergunta, respondo que sim. Aproveitei de maneira saudável e positiva.
Claro que entre a minha e a atual juventude, passaram-se algumas décadas e isso muda tudo. A tecnologia, sem dúvida, é a maior diderença. Acarretou muitas transformações e mudanças de hábitos e costumes no lar, nas escolas e na vida social. Só para citar um exemplo, os trabalhos escolares eram datilografados e não digitados. Líamos bastante, mas em livros comprados nas livrarias, ou emprestados na biblioteca da escola, não baixandolinksde qualquer biblioteca do mundo num simples piscar de olhos. Outra diferença? Nossos professores eram quase nossos pais, tamanho era o respeito entre aluno e professor. O relacionamento respeitoso continua, mas os parâmetros são ditados seguindo a dinâmica das sociedades modernas. A juventude continua sedenta de conhecimento e de saber. De bons exemplos, de limites. De bons desafios. E de leitura, muita leitura, nos livros de papel ou nos virtuais.
Jovens dedicados à leitura e à escrita são merecedores de toda a nossa admiração. Nosso respeito e nossos aplausos. É muito bonito, salutar e proveitoso cultivar essas atividades. Conheço muitos jovens que se dedicam à criação de textos literários e o fazem com esmero. Conheço jovens escritores talentosíssimos, defensores da causa literária, agentes da história de sua terra.
No início afirmo que, para o jovem, o impossível é “um lugar que não existe”. Vejam, tenho razão em dizê-lo. Eles participam, lutam, conseguem mobilizar adultos em defesa do que acreditam. Um exemplo dessa força mobilizadora é ofacebook,rede de relacionamento virtual que alcança todos os lugares da Terra, mesmo os mais distantes e desconhecidos. O mundo ficou menor e mais próximo. E mais rápido. É a força do jovem, é seu dinamismo em ação. Ele segue o ritmo veloz que o mundo moderno lhe impôs e isso reúne muitas vantagens. Estimula o empreendedorismo, a realização.
E por falar em realização, aqui na “cidade fácil de ser amada”, os jovens comprovaram nossa tese. A Academia Juvenil de Letras de Itajubá – AJULI, já é uma realidade. Eles atenderam o nosso chamado, presentes e unidos deram provas de que “quem quer vai; quem não quer, manda”. Eles foram! E deram o recado direitinho, com sorrisos, educação e talento!
Parabéns, jovens! Prossigam seus caminhos em favor do bem e da paz.
Independente da religião que professam, espelhem-se no Papa Francisco: inteligente, culto, dinâmico. Sua humildade demonstra o seu espírito sábio e virtuoso.