SÃO PAULO (Reuters) – A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão desta sexta-feira na parte de baixo da montanha-russa que marcou os negócios da semana.
Com uma queda de 3,15 por cento, o índice voltou aos 57.630 pontos, perto do menor nível desde janeiro. O giro financeiro na bolsa foi de apenas 4,19 bilhões de reais.
Depois de agir nos últimos dias de julho para reduzir as perdas acumuladas do mês, gestores de fundos saíram da ponta compradora, deixando o mercado novamente à mercê do persistente desmonte de posições dos investidores estrangeiros. Segundo dados preliminares, a saída líquida de recursos externos da Bovespa no mês passado foi de 7,7 bilhões de reais.
“O perfil do pregão, com baixo giro e saída mais forte das ações mais líquidas, indica saída forte dos estrangeiros”, disse Hamilton Moreira, analista sênior do BB Investimentos.
O mote para a retomada do tom pessimista dos negócios foi a combinação de resultados corporativos e dados econômicos ruins nos Estados Unidos.
Entre outros dados divulgados pela manhã, o país anunciou que a construção residencial privada caiu ao menor nível em quase sete anos e a taxa de desemprego chegou ao patamar mais baixo desde 2004 no mês de julho.
Mas mesmo lá a reação a esses indicadores foi mais moderado. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,45 por cento.
Mas foi o suficiente para trazer de volta ordens maciças de vendas de ações domésticas, especialmente das de empresas ligadas a commodities, que vinham de três dias seguidos de recuperação.
O resultado foi uma derrapada de 6,2 por cento da ação ordinária da Vale, para 44,39, marcando o pior desempenho do índice. A preferencial da Petrobras tombou 3,9 por cento, a 34,51 reais, mesmo com a alta nos preços do petróleo.
O mesmo rumo foi seguido pelos papéis das fabricantes de aço. As preferenciais da Usiminas perderam 5,4 por cento, a 65,25 reais. As preferenciais da Gerdau devolveram 3,8 por cento, caindo para 33 reais.
Fonte: Reuters