O envolvimento de adolescentes na criminalidade é cada dia maior e consequentemente a preocupação da sociedade e dos órgãos de segurança pública também aumenta. O caminho encontrado para a punição e resgate destes jovens são medidas socioeducativas através de internação em centros especializados porém, este sistema ainda não é eficiente em Minas Gerais.
O inspetor Everton Vieira da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, relata que a cidade conseguiu recentemente vagas para dois adolescentes envolvidos em crimes contra a vida na cidade. Um dos adolescentes foi apreendido por latrocínio (roubo seguido de morte) e o outro por homicídio. Os crimes foram registrados em 2016 e 2017, respectivamente, e a internação dos jovens só aconteceu em 2018 após muito empenho da Polícia Civil.
Em Minas Gerais temos poucos centros socioeducativos e por isso é difícil encontrar vagas, o inspetor comenta também que estes centros não vivem a mesma superlotação dos presídios. A Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase) é responsável hoje por 36 unidades, sendo 24 centros socioeducativos e 11 casas de semiliberdade e um Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH).
Ao todo, são 1.477 vagas em diversas regiões do Estado, sendo 1.240 destinadas à internação e à internação provisória e 207 ao o cumprimento de medida em semiliberdade. Está em fase de estudo um projeto para a construção de um centro socioeducativo mas ainda não há previsão para a obra e locação definida.
“É uma luta nossa, de toda a sociedade, para que em médio prazo o sistema penitenciário no país seja reformulado de forma que a gente recupere o cidadão, seja ela adolescente ou maior de idade”, destaca o inspetor.
Fonte: Conexão Itajubá / Rádio Panorama FM