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Um relatório da Federação Brasileira de Bancos publicado em setembro revelou que mais de metade das instituições bancárias brasileiras (54%) estão buscando aumentar os seus investimentos em cibersegurança. O mesmo se aplica, em percentagens inferiores, aos investimentos relacionados com segurança de sistemas de cloud (38%) e tecnologia de prevenção contra ameaças cibernéticas (42%).
A notícia, publicada em sites como a Yahoo! Finanças, surge num momento em que os ataques cibernéticos são uma preocupação de virtualmente todos os bancos brasileiros.
Assim, é pertinente perguntar: será demasiado tarde para criar uma estrutura de cibersegurança sólida no sistema bancário brasileiro? E que outras entidades são afetadas pelos hackers?
Nunca é tarde demais para reforçar a estrutura de cibersegurança de um banco, empresa, ou dispositivo individual. Contudo, a aposta em tecnologia de combate aos hackers chegou demasiado tarde para o Banco de Brasília. Em outubro, o BRB Banknet foi vítima de um ataque de ransomware que custou aos cofres da instituição mais de R$5.2 milhões. O caso está sendo atualmente investigado por um departamento especial da Polícia Federal.
Os ataques de ransomware se encontram entre os mais comuns da atualidade, visando principalmente instituições de grande importância como o Banco de Brasília. Mas como funciona um ataque de ransomware?
O termo combina as palavras “ransom” (ou “resgate”) e “ware” (relativo a “software”). Num típico ataque de ransomware, um hacker consegue o acesso a um computador e encripta ficheiros que nestes se encontram. Para reaver o acesso aos ficheiros bloqueados, os donos do computador devem pagar uma determinada quantia monetária, geralmente processada em moedas virtuais.
Os ataques de ransomware são principalmente eficazes quando visam grandes instituições que precisam de acesso permanente aos seus dados. Contudo, também podem afetar empresas mais pequenas e mesmo cidadãos comuns. Assim, como podem os brasileiros se proteger face a esta nova crise de cibersegurança?
Se uma instituição como o Banco de Brasília é vulnerável a ataques de ransomware, o que dizer de pessoas comuns com um orçamento mínimo para investir em cibersegurança? Para proteger os ficheiros sensíveis que se encontram em seus dispositivos, é importante instalar software anti-ransomware e seguir algumas regras básicas de conduta.
A importância de um removedor de malware
Um removedor de malware é uma tecnologia que bloqueia ficheiros identificados como malware e os previne de serem instalados em seus dispositivos. Funciona de maneira semelhante a um antivírus, contando com uma biblioteca de malware conhecido que é imediatamente identificada pelo programa assim que acessa um computador ou celular.
Assim, um removedor de malware pode ser uma ferramenta muito útil para identificar e bloquear ataques de ransomware antes que estes sejam concluídos.
Backups regulares de ficheiros importantes
Os ataques de ransomware funcionam porque os hackers negam o acesso a ficheiros fundamentais que se encontram em computadores ou celulares. Assim, fazer backup regular dos ficheiros que se encontram em seus dispositivos é um dos métodos de segurança mais eficientes à sua disposição.
Se os seus ficheiros se encontrarem seguros numa localização externa, é possível não ceder às exigências dos hackers mesmo após ser vítima de um ataque de ransomware.
Os programas e aplicativos informáticos estão sempre sendo atualizados, e é normal que algumas pessoas negligenciem a instalação das atualizações disponíveis. Contudo, utilizar software desatualizado é extremamente perigoso.
Muitas vezes, os hackers se aproveitam de falhas, entretanto corrigidas, para completar ataques de malware. Atualize os seus programas e aplicativos sempre que possível.
Por Ricardo Prattes