As barreiras comerciais para a formação de um mercado global para os biocombustíveis foi o centro das discussões desta tarde, durante a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, que se realiza em São Paulo/SP desde a última segunda-feira (17). Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, a definição de um padrão mundial para o etanol não pode se confundir com imposições ambientais. “Na União Européia, as restrições que querem se impor são tão grandes que inviabilizam o comércio dos biocombustíveis. Aqui a certificação ambiental acaba virando uma armadilha ambiental”, disse Tolmasquim.
O presidente da EPE mencionou ainda que existem cerca de 100 países com capacidade para produzir biocombustíveis, enquanto 20 nações produzem petróleo. Por isso, segundo Tolmasquim, não adianta apenas diversificar a matriz energética, é necessário ter vários países produtores.
“O etanol pode ser uma commodity ambiental para atender nossos compromissos de redução de emissão de gás carbônico. Mas, para isso, precisamos superar barreiras comerciais com a criação de regras de classificação na Organização Mundial de Comércio (OMC) e a redução dos subsídios agrícolas”, recomendou o diretor-geral de Pesquisa Ambiental e Desenvolvimento do Ministério do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini.
Fonte: ministério da Agricultura