SÃO PAULO (Reuters) – Depois de cair por cinco pregões seguidos, a Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu terminar em alta a sexta-feira de intensa volatilidade. A recuperação do mercado brasileiro foi patrocinada por uma melhora também em Wall Street.
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, terminou com alta de 1,03 por cento, aos 51.939 pontos, na máxima do dia.
O índice abriu a sessão em queda e chegou a ceder 2,5 por cento diante de dados negativos sobre o mercado de trabalho norte-americano. Na semana, o Ibovespa acumulou perdas de 6,7 por cento.
O giro financeiro da bolsa foi de 4,9 bilhões de reais.
A abertura do mercado foi pressionada após o governo dos Estados Unidos reportar que a taxa de desemprego no país subiu para 6,1 por cento em agosto, maior nível em cinco anos.
O Ibovespa conseguiu se firmar perto do patamar de 52 mil pontos, após perder níveis importantes na semana em que vieram à tona mais sinais de fraqueza dos EUA e da Europa.
“A bolsa realmente tinha um suporte importante, os 53 mil pontos, que foi perdido. Mas mais importante que definir um ponto específico de resistência é observar como está o fluxo de investidores”, afirmou Bruno Lembe, sócio da m2 Investimentos.
“O fluxo de investidores só voltará a ter uma tendência positiva quando as oscilações nos mercados e nas commodities pelo mundo passarem a ser menores.”
As ações preferenciais da Petrobras subiram 1,3 por cento, para 31,86 reais, apesar da queda do petróleo. Vale conseguiu subir 1,66 por cento, a 36,10 reais.
O maior giro do dia ficou com os papéis da BMF Bovespa, que subiram 2,37 por cento, para 10,80 reais, depois de terem cedido mais de 15 por cento na semana até a véspera.
“Não vemos tendências claras de alta, mas as empresas brasileiras já estão mais atraentes, já enxergamos algumas barganhas na bolsa, mas elas não devem voltar a subir enquanto não tivermos fluxo, o que só virá com uma tranquilidade maior dos mercados”, acrescentou Lembe.
Fonte: Reuters