Por Rodrigo Moinhos
O café, “ouro negro” de Minas Gerais, não gera só bons encontros e prosas, mas também gera renda, tecnologia e faz a fama do Brasil como grande produtor de grãos de excelência. Neste 24 de maio, Dia Nacional do Café, o Sistema FAEMG não só parabeniza seus cafeicultores, mas também ressalta a potência da cultura.
Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. No biênio 2020/2022, o Brasil foi responsável por 32% da produção mundial, mesmo passando por adversidades climáticas que impactaram a safra, como as fortes geadas do último ano. Na exportação, a fatia brasileira também é de 32% – “ou seja: cerca de 1/3 de todo café consumido no mundo vem de lavouras brasileiras”, como resume a analista de Agronegócios do Sistema FAEMG, Ana Carolina Gomes.
Minas Gerais também faz bonito na cena: o estado respondeu por 51% da produção nacional no biênio 2020/2022 e, do total exportado pelo Brasil em 2021, 68% saiu de campos mineiros.
Dados da Safra 2021 (consolidado):
BR = 47,7 milhões de sacas
MG = 22,1 milhões de sacas
Exportação (2021 – civil)
BR = 40,4 milhões de sacas
MG = 27,5 milhões de sacas
(Fonte: Gerência de Agronegócios / Sistema FAEMG)
Investimento em técnica e gestão
A robusta participação do Brasil e de Minas Gerais no cenário mundial não é sorte: é investimento pesado em tecnologia, capacitação e em melhorias constantes na gestão de produção e equipes. Muito disso fruto da capilaridade e excelência dos cursos e programas do SENAR MINAS, que a cada ano treina gratuitamente cerca de 200 mil pessoas.
Mas uma das grandes apostas do Sistema FAEMG nessa seara é o Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+Forte. Durante quatro anos, o cafeicultor recebe visitas mensais de um técnico especialista que faz um diagnóstico da propriedade para trabalhar junto com o produtor no aprimoramento da gestão e da lavoura. Tudo gratuito e com acompanhamento constante de supervisores e consultores.
O pioneiro dessa iniciativa foi o Programa Café+Forte, criado em 2010. Desde então, ele treinou 350 técnicos de cooperativas, de prefeituras e de sindicatos de produtores rurais, que atuaram junto a 1.110 produtores de 170 municípios do estado em 3 regiões cafeeiras (Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Matas de Minas). Hoje, o ATeG Café+Forte, que iniciou suas atividades em 2016, abrange 4.059 propriedades divididas em 110 grupos. Destes, sete recebem um acompanhamento pós-ciclo, para garantir que o produtor continue com as melhorias.
Segurança para o produtor
O cafeicultor que quer garantir ainda mais suporte para sua produção pode ainda contar com soluções específicas para o café oferecidas pela Faemg Digital, como gestão de propriedades, simplificação do processo de certificação, seguros para lavouras, maquinários e de vida para funcionários.
No campo da inovação, o Instituto Antônio Ernesto de Salvo – INAES atua com o Programa NovoAgro 4.0 com pesquisa e aceleração de startups que miram na solução de gargalos específicos da cadeia, completando uma rede de produtos e serviços que ampara o produtor para que a nossa cafeicultura siga sendo um destaque dentro e fora das fronteiras brasileiras.