○ Casos de dengue grave são raros, afirma infectologista

Nos últimos anos os casos notificados de dengue em Itajubá eram muito pouco frequentes, sendo registrados um por ano em média. Dizia-se que não havia dengue na cidade, mas as condições para um surto já estavam presentes. O Infectologista e membro do Hospital Escola da Faculdade de Medicina de Itajubá, Dr. Bruno Michel explica que embora não existisse dengue antes, agora que ela atingiu a cidade, com o atual cenário de surto da doença, é provável que Itajubá passe por surtos ou epidemias anualmente.

Houve um grande aumento no número de focos do mosquito transmissor Aedes Aegypti e é sabido, pela experiência em outras cidades e regiões, que é muito difícil controlar esses focos uma vez instalados. Mesmo que a Prefeitura Municipal faça sua parte, limpando terrenos, usando fumacê para matar os mosquitos em regiões específicas e iniciando ações constantes de agentes de saúde o problema deverá persistir caso não exista um esforço partindo da própria população. Cerca de 80% dos focos de dengue estão dentro dos domicílios.

Existem quatro tipos de dengue e uma vez que a pessoa fique doente ela se torna imune para aquele tipo por toda a vida, além de ficar imune a todos os tipos por cerca de três anos após a doença. Isso significa é possível que uma pessoa pegue dengue quatro vezes na vida. Casos graves são raros e costumam ser mais frequentes em quem já teve dengue anteriormente. A dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, depende muito da resposta do organismo ao vírus. O mesmo tipo de vírus pode provocar em uma pessoa uma doença banal e em outra uma doença fatal.

A principal prevenção, uma vez doente, é se hidratar e procurar atendimento médico para acompanhamento. A pessoa com suspeita de dengue deve buscar a unidade de saúde mais próxima de casa e o principal sintoma da doença é a febre insistente e que dure mais de um dia sem causa aparente. Para se prevenir da doença em si existem as medidas de saúde pública para controle dos focos do mosquito e também há medidas individuais como uso de telas nas janelas e repelentes contra insetos.