As recentes quedas de árvores em Itajubá, provocadas por ventos associados à passagem de frente fria e a chuvas intensas em pontos isolados, mobilizaram uma força-tarefa da Defesa Civil, secretarias municipais e forças de segurança. As ocorrências atingiram bairros como Eldorado, Nações, Varginha e áreas com histórico recorrente de problemas, como a Avenida BPS.
De acordo com Adílson José, coordenador da Defesa Civil de Itajubá, apenas no último fim de semana foram registrados três pontos críticos de queda de árvores, alguns deles com fiação energizada, o que elevou o risco para moradores e equipes de atendimento. No bairro Eldorado, uma árvore caiu sobre a rede elétrica, derrubou um poste e deixou uma residência isolada, com uma moradora de 67 anos e seu neto no interior do imóvel. A área precisou ser isolada pela Polícia Militar até que a energia fosse desligada e os trabalhos de retirada da árvore e substituição do poste fossem concluídos.
Situação semelhante foi registrada no bairro Nações, onde a queda de uma árvore sobre a fiação deixou moradores sem energia e bloqueou uma via importante de saída do bairro, exigindo sinalização especial e orientação aos condutores. Já no bairro Varginha, a remoção de uma árvore caiu só pôde ser feita após quase dois dias, devido à presença de abelhas no local, o que demandou apoio do Corpo de Bombeiros e de profissionais especializados.
A pesquisadora do Instituto de Recursos Naturais da Unifei, Michelle Reboita, explicou que os ventos fortes têm duas origens principais neste período: o deslocamento de massas de ar causado pela passagem de frentes frias e o movimento descendente do ar associado a chuvas intensas, especialmente no fim da tarde. Esse processo, conhecido como subsidência, gera rajadas capazes de derrubar árvores comprometidas, sobretudo aquelas já mortas ou com estrutura interna danificada.
Michelle também alertou que, embora a previsão indique chuvas contínuas nos próximos dias, elas não devem ser intensas de forma generalizada, mas podem ocorrer pancadas localizadas e fortes. Por isso, o cuidado deve ser redobrado em áreas de cachoeiras e regiões mais afastadas, onde o volume de água pode aumentar rapidamente mesmo sem chuva no local.
A Defesa Civil reforça orientações de segurança para a população, como evitar estacionar ou se abrigar sob árvores durante tempestades, respeitar áreas sinalizadas com risco elétrico ou estrutural e redobrar a atenção em vias com histórico de alagamentos. Em caso de emergência, os telefones permanecem disponíveis 24 horas por dia: Defesa Civil (199), Polícia Militar (190) e Corpo de Bombeiros (193).
Além dos riscos imediatos das chuvas, Michelle Reboita destaca que, com a elevação das temperaturas após o período chuvoso, aumenta a chance de aparecimento de animais peçonhentos em áreas urbanas. A orientação é não tentar capturá-los ou matá-los, acionando os órgãos competentes para a remoção adequada, respeitando o papel desses animais no meio ambiente.









Fotos Defesa Civil – Itajubá
Por Redação, com informações de Michelle Reboita e Adílson José