Primeira lição: ‘Tudo passará’.
Pressentindo a chegada da morte, um rei chamou o filho que o sucederia no trono, tirou do dedo um anel e, entregando a ele, disse: ‘Meu filho, durante toda a sua vida, tenha sempre consigo este anel. Quando estiver vivendo situações extremas de glória ou de dor, leia o que há escrito nele’.
Em breve, o filho começou a reinar. Passado algum tempo, surgiram conflitos com um reino vizinho e iniciou-se uma terrível guerra. O jovem, à frente do seu exército, partiu para enfrentar o inimigo e, no auge da batalha, vendo seus companheiros morrendo, lembrou-se do anel. Tirou-o e leu a inscrição: ‘Isto também passará’.
Ele perdeu algumas batalhas, venceu outras, mas, no final, saiu vitorioso. Retornou, então, ao seu reino e, coberto de glória, entrou em triunfo na cidade. Naquele momento, se lembrou novamente do seu querido pai. Tirou o anel e leu: ‘Isto também passará’
E, assim, durante toda a vida, o jovem rei guardou consigo o ensinamento que as coisas na Terra passam: os dias de dificuldades passarão; as lágrimas também passarão; a saudade do ser querido que morreu, passará; as glórias que nos fazem achar melhores que os outros, igualmente passarão.
Segunda lição: ‘Amando o próximo para aconselhar’.
Contam que uma mãe trouxe seu filho a um conselheiro e lhe implorou: ‘Por favor, faça o meu filho parar de chupar balas. A obesidade está lhe prejudicando!’ O homem fez uma pausa e disse: ‘Traga seu filho de volta em duas semanas’. Confusa, a mulher agradeceu e prometeu voltar.
Duas semanas mais tarde, ela retornou com o filho. O conselheiro olhou o jovem nos olhos e disse-lhe com autoridade: ‘Pare de chupar balas’. Inconformada, a mulher perguntou: ‘Por que o senhor me pediu para trazê-lo hoje se poderia ter dito isso a ele antes?’ E o sábio homem respondeu: ‘Antes, eu também chupava balas’.
A mãe passou a confiar mais naquele homem e aprendeu a desconfiar das pessoas que ‘vendem conselhos’ e nunca os praticam.
Terceira lição: ‘Somos todos iguais’.
Certa vez, Felipe II, rei católico da Espanha, passeava no jardim do palácio quando sua filhinha chegou reclamando que tinha apanhado da babá. O pai, chateado, chamou a criada e lhe disse: ‘Não sabeis que ela é uma princesa, filha do vosso rei?’ E a criadinha lhe respondeu: ‘E vossa majestade até hoje não sabeis que eu sou filha do vosso Deus?’ O rei ficou pensativo e, a partir daquele dia, passou a tratar a babá com mais respeito.
Quarta lição: ‘Com paciência se vai longe’.
Havia um jornaleiro que vivia mal humorado, não gostava do que fazia e sempre se irritava quando as pessoas perguntavam sobre algum jornal. Um dia, uma jovem conhecida se aproximou com a amiga, começaram a mexer nas revistas e logo veio a bronca:
– Já não bastava uma, agora são duas?
A amiga, vendo o comportamento do homem, perguntou à jovem:
– Este jornaleiro é sempre mal educado ou é só hoje?
– Ora, este é o jeito dele, cada um é como é.
– O cara lhe trata mal assim todos os dias e você continua tratando-o bem?
– Sabe, minha avó sempre dizia que debaixo da casca grossa existe uma pessoa que deseja ser amada!
– Então, quer dizer que se uma pessoa lhe maltrata e ofende, você fica numa boa?
– Bem, se a pessoa está mal humorada, deve ter lá seus problemas. Eu não posso é deixar que ela decida como eu devo ser, afinal, cada um é responsável pela sua felicidade e não pode se influenciar pelo mal humor dos outros.
– É, você tem umas ideias malucas, mas, pensando bem, acho que tem razão, pois pessoas felizes não aceitam provocações.
– É, vovó também dizia: ‘Gente feliz não torra a paciência de ninguém’.
Quinta lição: ‘Só a verdade frutifica’.
Um réu estava sendo julgado por assassinato na Inglaterra. Eram fortes as evidências sobre a sua culpa, mas o cadáver não havia sido encontrado. Quase no final da sua sustentação oral, o advogado recorreu a um truque: ‘Senhoras e senhores do júri, eu tenho uma surpresa para vocês! Dentro de um minuto, a pessoa presumivelmente assassinada neste caso vai entrar neste tribunal’. E apontou para a porta.
Os jurados, ansiosos, também ficaram atentamente olhando até que um minuto se passasse. Nada aconteceu e o advogado, então, completou: ‘Todos vocês olharam com expectativa, portanto, ficou claro que ainda têm dúvidas se alguém realmente foi morto, não?’
Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final. Minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto: ‘Culpado!’ O advogado reagiu: ‘Como culpado? Vocês estavam em dúvida! Eu vi todos olharem fixamente para a porta!’ E o juiz esclareceu: ‘Sim, todos nós olhamos para a porta, menos o seu cliente’.
Pois é, são lições que deixam no espírito muitas experiências de vida. Eleve agora o seu pensamento a Deus, agradeça mais esta oportunidade de estar lendo este texto e guarde no coração a certeza de que não há mal que sempre dure e nem bem que nunca se acabe. Tudo passa.
Assim, façamos sempre o melhor que pudermos, com perseverança e confiança na graça Divina, aproveitando cada minuto para amar o próximo – tendo paciência e mostrando-lhe o caminho da verdade. Todas as coisas devem ser muito bem cuidadas, desde as simples até as mais importantes, para superarmos as dificuldades com lições de dignidade cristã. Assim seja!