1 – Na escola:
Durante o segundo mês na escola de enfermagem, um professor passou o primeiro questionário de avaliação. Mário era bom aluno e respondeu rápido todas as questões até chegar na última, que era: ‘Qual o nome da mulher que faz a limpeza da escola?’ Ele já havia passado por ela várias vezes; era alta, cabelo escuro, tinha uns 40 anos, mas como podia saber o seu nome?
O jovem entregou o teste deixando a referida questão em branco e, logo após, quis ter certeza se a última pergunta iria influir na nota. ‘É claro! – respondeu o professor. – Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas e todas terão um certo grau de importância. Cada uma deve merecer sua atenção, mesmo que seja num sorriso ou num simples cumprimento pelo nome.’
O enfermeiro Mário nunca mais esqueceu essa lição de respeito pelo ser humano e também guardou para sempre o nome da faxineira Madalena.
2 – Na chuva:
Numa noite, estava uma senhora negra numa estrada do estado do Alabama, enfrentando um tremendo temporal. O seu carro tinha enguiçado e ela precisava desesperadamente de uma carona. Completamente molhada, começou a acenar para os veículos que passavam.
Um jovem branco, parecendo que não tinha conhecimento dos conflitos dos anos 60, parou para ajudá-la. Ele a colocou num lugar protegido, procurou ajuda mecânica e chamou um táxi para ela. A senhora parecia estar realmente com muita pressa, mas conseguiu anotar o endereço do rapaz e agradecê-lo.
Sete dias se passaram quando bateram à porta da casa do jovem e, para sua surpresa, uma enorme TV colorida lhe foi entregue com um bilhete, que dizia:
‘Muito obrigada por me ajudar naquela noite. A chuva não só tinha encharcado minhas roupas como também meu espírito. Por sua causa, consegui chegar ao leito de morte do meu marido antes que ele falecesse. Deus o abençoe por ter me ajudado. Sinceramente, Sra. Nat King Cole.’
3 – Na lanchonete:
Um menino pobre, de 12 anos, entrou na lanchonete de um bonito hotel e sentou-se à mesa. ‘Quanto custa um sorvete com cobertura de chocolate?’, perguntou à garçonete. ‘Três reais’, respondeu-lhe a moça.
O garoto puxou as moedas do bolso, começou a contá-las e depois questionou: ‘Bem, quanto custa o sorvete simples?’ A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa e a garçonete respondeu de maneira brusca: ‘Dois e cinquenta. Vai ou não querer?’
O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse sorrindo: ‘Eu vou querer, então, o sorvete simples.’ A moça trouxe-lhe o sorvete, a conta, colocou tudo na mesa e saiu apressada. O garoto tomou o sorvete, pagou a conta no caixa e deixou o hotel.
Quando a garçonete voltou, começou a chorar à medida que ia limpando a mesa, pois do lado do prato havia 50 centavos em moedas. O menino não pediu a cobertura de chocolate porque queria que sobrasse a gorjeta da moça.
4 – Na estrada:
Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada e ficou observando escondido. Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta pela pedra. Muitos até esbravejaram contra o rei, dizendo que ele não mantinha as estradas limpas.
Um camponês, com uma boa carga de vegetais nas costas, ao se aproximar da imensa rocha, pôs de lado a bagagem e tentou removê-la. Após muita forca e suor, finalmente conseguiu deslocar a pedra para o lado da estrada. Então, notou que havia uma bolsa no local onde estava a rocha. Dentro, achou moedas de ouro e uma nota escrita pelo rei, dizendo que a recompensa era para a pessoa que tivesse removido a pedra do caminho.
O camponês aprendeu que Deus nunca abençoa um filho que quer fazer o bem, sem antes dar-lhe forças para realizar o seu desejo.
5 – Na montanha:
Um certo alpinista queria escalar sozinho o pico do Aconcágua, na América Central, mas não aceitava dividir os louros da conquista com mais ninguém – tal era a sua ambição. Na escalada, percebeu que não conseguiria chegar ao cume antes de anoitecer, mas decidiu seguir adiante, afinal, faltava tão pouco para atingir o topo!
A noite chegou de mansinho e tomou conta de tudo. O alpinista já não enxergava mais nada e, mesmo assim, continuava subindo. Quando faltavam cem metros para concluir a escalada, seu pé pisou em falso e ele caiu!
Na queda, via apenas figuras escuras passarem ao lado, até que sentiu um forte puxão. Percebeu que a corda do seu cinto havia se enroscado numa das pedras da montanha e, assim, ficou suspenso no ar – balançando de um lado para outro, sem enxergar nada.
Começou a gritar por ajuda, mas em vão. Não restando outra coisa a fazer, pediu: ‘Deus, por favor, me salve!’ Então, uma voz ecoou grave, dizendo: ‘Se acredita em mim, corte a corda.’
Por alguns minutos houve um silêncio total. O alpinista pensou no que Deus lhe dissera, mas resolveu continuar agarrado na corda, pois, se a cortasse, tinha certeza que morreria na queda.
No dia seguinte, uma equipe de resgate o avistou pendurado na montanha. Foram salvá-lo, mas o encontraram morto pelo frio da noite; estava a apenas dois metros do chão! Sua descrença o matou.
Prof. Dr. Paulo Roberto Labegalini é engenheiro graduado pela Faculdade de Engenharia Civil de Itajubá, especializado em Matemática Superior pela Faculdade de Filosofia e Letras de Itajubá, mestre em Ciências pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá e doutor em Qualidade pela Escola Politécnica da USP.
É autor de 7 livros e mais de 100 artigos publicados nas áreas de gerência geral, qualidade e educação; professor do Instituto Federal Sul de Minas em Pouso Alegre; e vicentino na Comunidade Nossa Senhora do Sagrado Coração em Itajubá. Confira sua coluna “Mensagens para o Coração“.