
O Pe. Marcelo Rossi contou que estranhou o comportamento de um senhor durante a missa que celebrou no Santuário do Terço Bizantino, em São Paulo. Assim que terminou a celebração, foi conversar com ele:
– Desculpe-me, mas tenho visto sua esposa erguendo os braços e louvando a Deus toda semana e o senhor sempre ficou de braços cruzados; hoje, porém, também acenou com ela e se manteve alegre! O que aconteceu?
– Bem, padre, há poucos dias fui surpreendido por bandidos no banco em que trabalho e fiquei de braços levantados por muito tempo enquanto uma arma permaneceu apontada em minha direção. Então, percebi que é muito melhor erguer os braços louvando do que qualquer outra coisa.
Pois é, quando criança, somos imaturos demais para pensar em Deus; quando jovens, somos autossuficientes e não precisamos Dele! Recém-casados, somos felizes ao extremo… Trabalhando, estamos sempre muito ocupados… Idosos, sempre meio cansados… E quando morremos? Bem, aí já é tarde demais para agradecer e pedir perdão! Ainda bem que eu percebi isso a tempo; e você?
Quem lê artigos católicos sabe que o dom maior da caridade é semelhante ao amor de Deus por nós: infinito e sem limites. Deus faz nascer o sol tanto para os maus quanto para os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos! Portanto, a caridade se estende também aos inimigos, porque cada ser humano deve ser para mim uma imagem do Salvador, que disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (João 15,12)
Praticar um amor-serviço ao próximo é acreditar que a caridade jamais acabará e, para amarmos assim, temos necessidade de recebermos o Espírito Santo – que distribui para nós o dom do amor, da bondade, da alegria, da mansidão e da paz. Ele nos torna irmãos de todo homem e nos faz viver em comunidade ao redor da Eucaristia.
No dia-a-dia, podemos ser caridosos em família através da tolerância e do perdão. Se Deus nos deu uma vida em comum com outras pessoas e aceitamos livremente conviver juntos, como podemos justificar a ausência de amor em nosso lar? O Pai nos amou primeiro, enviou seu Filho único para expiar nossos pecados, continua tendo uma imensa misericórdia por cada um de nós… e a nossa resposta a tudo isso: é gratidão ou ingratidão?
Veja o que disse São Paulo (I Cor 13), indicando o caminho mais excelente de todos:
“Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento aos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!
A caridade é paciente, é bondosa, não tem inveja, não é orgulhosa, não é arrogante, nem escandalosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta e jamais acabará… Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade, porém, a maior delas é a caridade.”
Graças ao bom Deus, o amor, o louvor e bons artigos católicos, jamais deixarão de existir.
Por Paulo R. Labegalini: Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).
Livros do autor:
1. Gotas de Espiritualidade – Editora Bookba (à venda na Amazon, Americanas, Shoptime, Magalu…) – mensagens diárias de fé e esperança, com os santos de cada dia.
2. Pegadas na Areia – Editora Prismas / Editora Appris
3. Histórias Infantis Educativas – Editora Cléofas
4. Histórias Cristãs – Editora Raboni
5. O Mendigo e o Padeiro – Editora Paco
6. A Arte de Aprender Bem – Editora Paco
7. Minha Vida de Milagres – Editora Santuário
8. Administração do Tempo – Editora Ideias e Letras
9. Mensagens que Agradam o Coração – Editora Vozes
10. Projetos Mecânicos das Linhas Aéreas de Transmissão (coautor) – Editora Edgard Blücher
11. Mecânica Geral – Estática (coautor) – Editora Interciência