“Adorar a Deus é amar profundamente a Trindade Santa – mistério que só a fé explica. E esse sentimento de humildade se concretiza no coração humano quando ele se abre aos ensinamentos da verdade, da caridade e da justiça. Portanto, todo veículo de comunicação que difunde estes princípios, nos conduz a prestar um culto sincero a Deus.
Por isso, a Revista Adoremos tem cumprido o seu papel durante os últimos noventa anos! Como toda criança, começou engatinhando no início do século XX, caminhou com dificuldades por algum tempo, teve ajuda de muitos quando mais precisou e, principalmente, contou com as bênçãos do Céu todos os dias.
Hoje, as folhas são de melhor qualidade, a capa ganhou cor e muitas ilustrações, fotos, mas a mensagem é a mesma de sempre: ‘amai-vos uns aos outros’. Como há muitas maneiras de dizer isto, os textos não se repetem e os talentos dos articulistas se renovam ano a ano.
Foram centenas de destaques a datas importantes, reflexões, notícias, ensinamentos para o crescimento da nossa espiritualidade cristã, além de humor, histórias de santos e culinária. Isto tudo, bem temperado com amor à evangelização, continua presente na revista vicentina que sai de Minas para os quatro cantos do Brasil.
E São Vicente? Esteve em todas as edições! E Nossa Senhora? Também nunca faltou! E Ozanam? Sua vida foi passada a limpo por muita gente também! Enfim, Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo que impulsionou tantos corações a se unirem em favor dos pobres!
Amar é bom, realizar obras santas é ótimo e ser assinante da Revista Adoremos é fazer um bom uso da sabedoria que Deus nos deu. Bravo! Parabéns a todos nós!”
Ah, um outro fato que enviei à revista foi este:
O Pe. Marcelo Rossi contou que estranhou o comportamento de um senhor durante a missa que celebrou no Santuário do Terço Bizantino, em São Paulo. Assim que terminou a celebração, foi conversar com ele:
– Desculpe-me, mas tenho visto sua esposa erguendo os braços e louvando a Deus toda semana e o senhor sempre ficou de braços cruzados; hoje, porém, também acenou com ela e se manteve alegre! O que aconteceu?
– Bem, padre, há poucos dias fui surpreendido por bandidos no banco em que trabalho e fiquei de braços levantados por muito tempo enquanto uma arma permaneceu apontada em minha direção. Então, percebi que é muito melhor erguer os braços louvando do que qualquer outra coisa.
Pois é, quando criança, somos imaturos demais para pensar em Deus; quando jovens, somos autossuficientes e não precisamos Dele! Recém-casados, somos felizes ao extremo… Trabalhando, estamos sempre muito ocupados… Idosos, sempre meio cansados… E quando morremos? Bem, aí já é tarde demais para agradecer e pedir perdão, não? Ainda bem que eu percebi isso a tempo; e você?
Quem lê artigos católicos sabe que o dom maior da caridade é semelhante ao amor de Deus por nós: infinito e sem limites. Deus faz nascer o sol tanto para os maus quanto para os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos! Portanto, a caridade se estende também aos inimigos, porque cada ser humano dever ser para mim uma imagem do Salvador, que disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15, 12).
Praticar um amor-serviço ao próximo é acreditar que a caridade jamais acabará e, para amarmos assim, temos necessidade de recebermos o Espírito Santo – que distribui para nós o dom do amor, da bondade, da alegria, da mansidão e da paz. Ele nos torna irmãos de todo homem e nos faz viver em comunidade ao redor da Eucaristia.
No dia-a-dia, podemos ser caridosos em família através da tolerância e do perdão. Se Deus nos deu uma vida em comum com outras pessoas e aceitamos livremente conviver juntos, como podemos justificar a ausência de amor em nosso lar? O Pai nos amou primeiro, enviou seu Filho único para expiar nossos pecados, continua tendo uma imensa misericórdia por cada um de nós… e a nossa resposta a tudo isso: é gratidão ou ingratidão?
Veja o que disse São Paulo (I Cor 13), indicando o caminho mais excelente de todos:
“Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento aos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!
A caridade é paciente, é bondosa, não tem inveja, não é orgulhosa, não é arrogante, nem escandalosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta e jamais acabará… Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade, porém, a maior delas é a caridade.”
O amor, o louvor e bons artigos católicos, jamais deixarão de existir.