A indústria mineira vem demonstrando recuperação lenta e gradual no decorrer deste ano. As quedas na produção industrial estão menos intensas e aos poucos alguns setores do estado vão saindo do vermelho, como a produção de veículos automotores, por exemplo.
Mas, no geral, o faturamento das empresas e a criação de vagas de emprego na indústria de Minas Gerais ainda registram números negativos. Em agosto, o faturamento das firmas do estado caiu um por cento, em comparação ao mês anterior.
O número de vagas de trabalho nas empresas mineiras esteve praticamente estável em agosto, quando comparado ao desempenho de julho. Porém, na comparação com o mesmo período de 2016, a taxa de emprego nas indústrias caiu para quase cinco e meio por cento. Os dados são da Federação das Indústrias de Minas Gerais.
Outro fator que pode influenciar negativamente no preenchimento de vagas nas indústrias mineiras diz respeito à capacitação profissional do trabalhador. De acordo com o Mapa Industrial 2017-2020, do Senai, a região Sudeste do País vai precisar qualificar mais de um milhão de técnicos profissionais para atender à necessidade da indústria local nos próximos quatro anos.
O problema é que cerca de 61 por cento das empresas brasileiras têm dificuldades de encontrar no mercado profissionais técnicos capacitados para o preenchimento de vagas, de acordo com a pesquisa Escassez de Talentos, publicada em 2015.
Para o deputado Federal, Lincoln Portela, do PRB mineiro, o ensino técnico no país não tem condições de formar profissionais suficientes para atender as demandas das indústrias. Ele explica que as escolas voltadas para o ensino técnico estão em estado precário por falta de investimento dos governos Federal e Estadual.
Fonte: Agência do Rádio