É comum as pessoas se cumprimentarem e, ao serem questionadas como estão passando, responderem: ‘tudo bem!’; mas, será que sempre estão bem mesmo? Acredito que muita gente responderia o contrário se usasse de sinceridade naquele momento e quisesse passar algum tempo contando suas preocupações. Na verdade, o que vai bem ou mal na vida da gente depende do ponto de vista e da fé de cada um.
Há pessoas que ‘olham para trás’, vêem os problemas dos outros – bem piores que os seus – e, aliviadamente, dizem que são muito felizes! Talvez o mais adequado seria dizerem: ‘Somos muito abençoados por Deus, porque não é possível ter paz de espírito vendo desgraças acontecendo na vida de tanta gente’. Na verdade, a alegria que eleva a alma só começa a existir quando partilhamos o nosso pão de cada dia.
E sempre há uma maneira de ajudar alguém ou de ser ajudado neste mundo. Quem pede ajuda precisa da nossa caridade – que envolve ação e oração; quem oferece ajuda e o faz desprovido de interesse coloca em prática o seu espírito cristão e se aproxima mais das graças que vêm do céu – pois acaba conseguindo um ‘crédito especial’ de Deus.
Portanto, reflita um pouco mais em tudo o que vem acontecendo na sua vida e responda de coração aberto: Como vai você? Quando precisou de ajuda, foi procurar as bênçãos de Jesus Cristo e de Nossa Senhora ou preferiu acreditar em crendices e superstições? Ao ver um irmão sofrido, rezou por ele e o tratou como o Senhor nos orientou?
Eu procuro orientar as pessoas a seguirem o caminho que me ensinaram desde que comecei minha caminhada na Igreja. Ainda estou aprendendo a ser um discípulo fiel de Jesus Cristo, mas muita coisa já coloco em prática.
A nossa conferência vicentina, Nossa Senhora do Sagrado Coração, assiste os pobres com cesta básica, remédios, gás de cozinha, além de apoio espiritual. Eu, por exemplo, sempre que visito a minha assistida no Bairro da Capitinga, peço que reze uma Ave-Maria comigo. Ela não cansa de me dizer que intercede muito a Deus por mim e que eu sou um anjo que lhe enviaram do Céu.
Imagine você, quantas graças eu tenho recebido em minha vida através das orações dessa senhora! Tenho certeza que, uma pessoa como ela – sofrida, fervorosa e responsável na educação dos netos -, consegue prontamente favores de Deus. Sabendo que as nossas obras espirituais são as mais valorizadas pelo Pai, continuo pedindo para aquela vovó: reze sempre pelo nosso trabalho vicentino e pela minha família.
Portanto, a verdadeira paz de espírito está dentro de cada um e, vendo tanta injustiça social e sofrimento de tantos irmãos aqui na terra, só alcançaremos a felicidade completa no Céu, se Deus quiser!