Muitos professores ainda se sentem intimidados pela tecnologia por falta de capacitação e por desconhecerem os benefícios pedagógicos oferecidos pelos produtos tecnológicos e conteúdos digitais.
Quem são os alunos de hoje? Como despertar neles o interesse pela aprendizagem? Estas questões nos fazem refletir como, em pouco mais de três décadas, o perfil do estudante mudou profundamente.
O Behaviorismo radical de Skinner surgiu no século XX e tratava o aluno como objeto que deve ser treinado pelos moldes comportamentalistas. Influenciado por essa teoria, e adotado pela maioria das escolas, o ensino Instrucionista tratava o aluno como um repositório de informações e tinha como objetivo transferir o conhecimento pronto, hierarquizado e compartimentalizado. Várias teorias surgiram no decorrer do século pela colaboração de pesquisadores, porém, é através da teoria Construtivista de Piaget que o aluno tornou-se o centro do processo de ensino-aprendizagem, participante ativo no processo de construção do conhecimento.
O surgimento de novas tecnologias no ambiente escolar trouxe consigo novas maneiras de ensinar e novas possibilidades de aprender através do uso de imagens, sons e movimentos. O Quadro Interativo, por exemplo, dispõe de uma variedade de recursos que permitem que os aprendizes participem e colaborem durante as aulas, desenvolvendo suas habilidades pessoais e sociais, além de permitir que eles sejam mais criativos em suas apresentações para os colegas de classe, desenvolvendo, ainda, sua auto-confiança.
Em contrapartida, podemos questionar se o perfil do educador acompanhou tamanha transformação. Será que o educador está preparado para acompanhar este aluno do século XXI? É preciso compreender qual o papel atual do professor neste processo. O uso da tecnologia é importante, pois possibilita ao educador alcançar seus objetivos de ensino com mais qualidade.
Atualmente, muitas escolas ainda concentram seu trabalho pedagógico na linguagem escrita e na oralidade, mantendo-se muito distante da realidade de seu aluno, que já tem acesso a informações e conteúdos disponíveis em diferente mídias e interagem facilmente com a tecnologia, através da proliferação de dispositivos digitais na atual sociedade da informação. O método tradicional – professor, livros, cadernos, giz e lousa – mostra-se insuficiente para despertar neste aluno o interesse pelo conhecimento.
O uso de modernas tecnologias na atividade pedagógica parece ser inevitável, porém, ainda representa os primeiros passos de um processo em transformação. Algumas tecnologias, como a televisão, o DVD, o computador, a Internet, dentre outras, já estão presentes na escola, evidenciando a necessidade de práticas pedagógicas inovadoras que aproveitem as potencialidades desses meios no processo de ensino-aprendizagem, consideradas uma forte tendência da atualidade.
Como em todo processo em transformação, as mudanças e implementações devem ser muito bem planejadas, caso contrário, podem gerar insegurança. No período de introdução do computador e do software nas escolas, por exemplo, muitos professores imaginaram que poderiam ser substituídos pela tecnologia; por isso, muitas escolas investiram em equipamentos e software que ficaram um longo período trancados em total desuso.
Segundo Andréa Caran, pedagoga e Diretora Executiva da Divertire, este cenário pode voltar a se repetir com a introdução do Quadro Interativo. Muitas escolas investem na tecnologia, mas acabam utilizando o quadro apenas para projeção de arquivos PowerPoint. “Muitas instituições de ensino entendem a importância em investir em novas tecnologias que permitem ao aluno uma aprendizagem de maior qualidade, porém, poucas investem tempo em capacitação para que o professor seja um usuário confiante e para que ele domine todos os recursos disponíveis do software”, afirma Caran. Além de capacitação e domínio de recursos, colaborar e dividir informações e conteúdos com outros professores é um excelente meio de desenvolvimento pessoal.
Algumas pesquisas sobre a eficácia pedagógica do Quadro Interativo já foram realizadas no Reino Unido e demonstraram que a tecnologia do Quadro Interativo permite um ganho consistente em todos os anos e assuntos, indicando que o uso da tecnologia incorporada à sala de aula e a experiência do professor com o dispositivo são fatores-chave no processo.
O estudo também demonstrou como o quadro interativo tem impacto positivo na atenção, atitude e motivação de todos os alunos e incentiva a cooperação e comunidades de estudo em classe. Também mostra como o quadro interativo ajuda na aprendizagem de conceitos abstratos e conceitos e idéias complexas – ferramentas visuais ajudam o aluno a concentrar mais tempo e entender mais completamente.
Benefícios do Quadro Interativo para os professores:
permite que eles integrem TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) às suas aulas enquanto ensinam à frente da classe;
encoraja a espontaneidade e flexibilidade, permitindo que eles desenhem e façam anotações utilizando um vasto leque de recursos;
permite que eles salvem e imprimam o que está no quadro interativo, incluindo qualquer anotação feita durante a lição, reduzindo duplicação de esforço e facilitando a revisão;
permite que eles compartilhem e reutilizem materiais, reduzindo a carga de trabalho;
permite que eles enviem as aulas digitais por e-mail;
se adapta a qualquer estilo de ensino;
os inspira a mudar sua pedagogia e usar mais TIC, encorajando seu desenvolvimento profissional.
Benefícios do Quadro Interativo para os alunos:
eleva o nível de satisfação e motivação;
permite participação e colaboração, desenvolvendo as habilidades pessoais e sociais;
reduz a necessidade de anotações, através da capacidade de salvar e imprimir o que é apresentado no quadro interativo;
permite que eles avancem na aprendizagem com conceitos mais complexos como resultado do entendimento mais claro dos conteúdos, mais eficiente e mais dinâmico;
estilos variados de aprendizagem – auditivo, sinestésico e visual – podem ser acomodados já que professores podem utilizar uma variedade de recursos para adaptar a uma necessidade particular;
permite que eles sejam mais criativos em suas apresentações para os colegas de classe, desenvolvendo auto-confiança;
permite o acesso a crianças mais jovens e a alunos com incapacidades, já que não é necessário o uso do teclado para ter acesso a tecnologia.
Fonte: Maxpress