CONSCIÊNCIA NEGRA E FUTEBOL: UM RETRATO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

O Dia da Consciência Negra é uma data comemorada no Brasil no dia 20 de Novembro e foi instituída no Brasil em 2011 pela Presidente Dilma Rousseff . Esta foi à data escolhida em honra a Zumbi dos Palmares, sendo a data na qual morreu este personagem histórico que lutou contra a escravatura no período colonial no Brasil. Essa semana muito se falou nas várias mídias principalmente a televisiva. Essas iniciativas das mídias são importantes para a formação de uma verdadeira consciência negra. Por hora essa consciência é muito mais um sonho, um desejo e para alguns até uma utopia. Mas o que quer dizer “consciência”?

Consciência é sentido ou percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais. Em uma linguagem mais fácil podemos resumir  que é qualidade mental ou um modelo mental de qualidade. Qualidade do que se pensa. Quando você utiliza o termo: “ponha a mão na consciência”, significa “pense bem, considere as coisas direito”. Assim a consciência negra é a qualidade mental da percepção e sentimento da igualdade independente da origem racial. A discriminação racial no Brasil é estrutural, ou seja, são práticas formalizadas, históricas e culturais, pois vem de nossos ancestrais, passando inconscientemente pelos nossos avós e pais onde vivemos e absorvemos com eles. Nada consciente, inclusive negado por todos, por isso se torna algo mais difícil de combater. O esporte que deveria ter na raça negra, grande gratidão pela imensa colaboração no avanço de desempenho, é onde mais tem identificado reações racistas, talvez pelo poder e força dos negros nos vários esportes, pois a discriminação racial não aceita o destaque de alguém com a cor da pele diferente. Já que nesse espaço é dedicado ao esporte e principalmente ao futebol, não poderia utilizar um exemplo que não fosse o esporte das grandes multidões, o futebol. Olhe um clube de futebol (qualquer que seja), veja quantos jogadores negros existem. Você vai perceber que tem muitos, mas ao olhar na comissão técnica, na direção, nas funções executivas, verá que são pouquíssimos e na maioria inexistentes. Assim acontece em todos os esportes e fora dele.  O futebol é o retrato da sociedade brasileira.

Pelo menos essa é a minha opinião!