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Coretos e liras

Publicado por Misa Ferreira em 08/08/2014
Imaginem se de repente, ou não tão de repente, fôssemos perdendo a memória, a nossa memória pessoal. Penso que não há nada mais terrível do que não se lembrar dos nomes, dos fatos, do passado, da própria história. Assim é também com o lugar em que fomos criados e moramos. Não preservar o patrimônio cultural de nossas cidades é destruir a nossa própria identidade. Na cartilha lançada pelo Crea-SP ?Patrimônio Histórico: Como e por que preservar? ? podemos ler que o patrimônio cultural é importante para a promoção do bem-estar social e da cidadania porque este patrimônio guarda em si referências à identidade, ação e memória dos diferentes grupos sociais. E o que seria este patrimônio? Os bens de natureza material ou imaterial, por exemplo, um teatro, um coreto da praça ou uma banda tradicional. Se nós destruímos com tanta facilidade esses bens que herdamos, não deixaremos nenhum legado às gerações futuras.

No início do mês houve manifestações no centro da cidade de Itajubá pedindo para que o Coreto da Praça Theodomiro Santiago não fosse posto abaixo. Mas foi. O argumento para a demolição foi que a retirada fazia parte das obras de revitalização do comércio da cidade. Bem, desconheço as dificuldades e complexidades de se manter prédios, trens, coretos e praças. Falo apenas como uma cidadã leiga que ama o que é belo e lamenta que um patrimônio cultural não seja preservado. Não foi a primeira vez que um coreto foi demolido ali na praça. Resta a nós pelo menos tomar conta das fotos antigas da cidade que nos lembram de como ela foi um dia.

Mas nem tudo está perdido e, felizmente, a tradicional banda Lira São José pôde ser resgatada. A Lira foi fundada em 01 de maio de 1957 pelo Pe Adão Bombach, José de Almeida, Luiz Riera e outros. Em 1959, por meio da Lei Municipal 415, o então Prefeito Vicente Villela Viana doou o terreno onde hoje se encontra a sede da Corporação Musical, e em 1967, através da Lei Municipal 766, o Prefeito Luiz Carlos Tigre Maia declarou de Utilidade Pública a Lira São José. Mas por causa de inúmeras dificuldades, há 4 anos a Lira teve suas atividades paralisadas. E assim estaria até hoje com o risco de ter sua sede e instrumentos leiloados, se não fosse a luta e o empenho de outro Adão, desta vez o Adão de Rezende da Rádio Itajubá, que não mediu esforços para que a Lira São José pudesse renascer. Bem dizem que quando se quer que algo seja feito, deve-se pedir para alguém bem ocupado porque aí a coisa sai. Parabéns para o Adão de Rezende! Segundo ele, a ajuda do Lions Clube e PKC Group foi fundamental, e também de várias outras pessoas interessadas no renascimento da Lira. Em 04 de abril de 2014 foi obtida uma subvenção anual pela Assistência Social da Prefeitura Municipal de Itajubá.

A Lira é uma associação sem fins lucrativos que resgata crianças e adolescentes das ruas para que aprendam música. A tradicional orquestra-banda e escola de instrumentos de corda fará sua primeira apresentação após esses 4 anos de paralisação, no Desfile de 7 de Setembro de 2014 quando então vai tocar a Nona Sinfonia de Beethoven. Vai ser um delírio!

Sou do tempo em que a gente pegava o trem ali no cruzamento da Xavier Lisboa para ir até à Fábrica de Armas ou até Cristina, viagem que fiz com meus irmãos e primos. Também assisti ao filme “Dr. Jivago” no Cine Apolo e guardo uma pálida recordação da imponência daquele teatro. Em minha adolescência eu ia diariamente às instalações da “Vigor” para comprar um iogurte natural delicioso, de uma cremosidade incomparável. Que lástima que não existe mais o trem, nem o cine Apolo, nem o prédio da Vigor, nem tantas outras coisas de antigamente.

Bem, aproveitando para homenagear o João Ubaldo Ribeiro que foi escrever lá no Céu, deixo aqui uma frase dele bem dentro deste meu espírito queixoso sobre o tempo antigo: “Já estou chegando, ou já cheguei à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo.” E era mesmo.

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