O escrivão Samuel Gonçalves, da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, alertou para o crescimento acelerado dos crimes de estelionato digital no Brasil. Segundo ele, a popularização do PIX e a facilidade das transferências bancárias imediatas impulsionaram a ação de golpistas que, de qualquer parte do país — ou até do exterior —, conseguem enganar vítimas em cidades como Itajubá.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados recentemente, foram registradas 2,17 milhões de ocorrências desse tipo no último ano, o que equivale a quatro por minuto. “Os crimes digitais cresceram 21,9% apenas no último ano. Desde a criação do PIX, tivemos uma explosão nesse tipo de golpe”, destacou Samuel.
Os estelionatários se valem de diversas estratégias, que vão desde mensagens falsas de renovação de cadastros e provas de vida até contatos simulando cobranças de notas fiscais. Para aumentar a credibilidade, utilizam informações pessoais obtidas ilegalmente em bancos de dados vendidos na internet. “A chave para não cair no golpe é não acreditar. Atender uma ligação desconhecida já partindo do princípio de que pode ser um golpe é a forma mais segura de agir”, orienta o escrivão.
Entre as recomendações estão nunca clicar em links suspeitos recebidos por e-mail, SMS ou redes sociais; sempre confirmar informações diretamente com bancos ou empresas pelos canais oficiais; e desconfiar de ofertas ou cobranças inesperadas. Em casos de perda financeira, a vítima deve procurar o banco imediatamente e registrar boletim de ocorrência para que a investigação seja formalizada.
Samuel ainda destacou que golpes praticados a partir do exterior também têm se multiplicado, com quadrilhas internacionais que utilizam até tradutores automáticos para enganar vítimas brasileiras. Redes sociais como Instagram e aplicativos de mensagens, especialmente o WhatsApp, são os meios mais utilizados para aplicar e concluir fraudes.
Por Redação, com informações de Samuel Gonçalves