Segundo a pesquisadora do centro de Ciências Atmosféricas da Unifei, Dra. Michelle Reboita, a crise climática tem impulsionado o aumento de casos de febre amarela no Brasil, criando condições favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. O aquecimento global, aliado a chuvas irregulares, amplia os criadouros do mosquito em áreas urbanas e rurais, elevando o risco de surtos, especialmente em regiões antes menos afetadas. Dados do Ministério da Saúde apontam um crescimento de casos em 2024, reforçando a urgência de campanhas de vacinação e ações de controle vetorial. Michelle destaca que sem medidas integradas de saúde e preservação ambiental, a febre amarela pode se tornar uma ameaça ainda maior.
A pesquisadora explica que a previsão climática para o outono e inverno de 2025 indica um período mais seco, o que pode reduzir temporariamente a formação de criadouros, mas não elimina o risco. A seca prolongada, resultado da crise climática, pode concentrar populações de mosquitos em áreas com água estagnada, mantendo a transmissão. Autoridades de saúde enfatizam a importância de manter a vacinação em dia e intensificar a vigilância, enquanto ambientalistas cobram políticas públicas que combatam o desmatamento e promovam a sustentabilidade para mitigar os impactos climáticos na saúde pública.
Leia o artigo da Dra. Michelle Reboita: Febre Amarela e Atividades Antrópicas