Em um breve período de tempo, desde que o vice-presidente Michel Temer assumiu como presidente interino após o afastamento de Dilma Rousseff, a equipe econômica do Governo já mudou diversas vezes. Com muitas promessas e o anúncio de um pacote que deveria resolver a crise que o país enfrenta, qual não foi a surpresa quando “de uma bomba ouviu-se um pequeno estalo”.
Houve uma expectativa muito grande com relação ao conjunto de medidas que iria ser anunciado e a rigor o número de informações concretas do que efetivamente vai mudar na economia foi muito pouco. Basicamente a equipe econômica tentou passar a ideia de qual será a filosofia daqui para frente na condução da economia. Na essência da economia o que muda, ou pelo menos o que se espera que mude, é que as contas públicas passarão a ser geridas pelas receitas do Governo.
Os limites agora serão estabelecidos com base na arrecadação do Governo e não mais de maneira automática pelo aumento dos gastos anual. O que parece simples começa a se complicar quando se pensa nos gastos do Governo que automaticamente se corrigem, como é o caso da remuneração dos servidores públicos e despesas com saúde e educação, e precisa ser visto com cuidado.
Para o brasileiro fica claro que o Governo vai reduzir gastos, inclusive está pensando em fazer cortes na área de saúde e de educação e ficando pra frente a questão da previdência. No que diz respeito a novidades propriamente ditas, o pacote foi simplesmente decepcionante e fica claro o componente político.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM