A Organização Mundial de Saúde computa anualmente 55 mil mortes por raiva no mundo. A doença chama atenção por ter um índice de letalidade na casa dos 100% e um histórico de sobreviventes no mundo com apenas três pacientes tratados com interações medicamentosas. Um dos pacientes que sobreviveram à raiva é de Recife, no Brasil, e dessa experiência surgiu o atual protocolo de tratamento da doença no país.
O Professor Gustavo Thomazine, da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, explica que a raiva é transmitida por um vírus que ataca a maioria dos vertebrados de sangue quente. O vírus possui três ciclos, o ciclo urbano, transmitido por animais domésticos, o ciclo rural, onde os animais rurais são contaminados por morcegos, e o ciclo silvestre que diz respeito basicamente aos morcegos, tanto hematófago quanto frutífero.
Neste mês foram registrados casos de raiva na Região Centro-Oeste, estados de Goiás e Mato Grosso. A situação é preocupante já que durante 20 anos não houve casos registrados da doença no Brasil e em todos os casos a transmissão se deu do morcego para a pessoa. A mordida do morcego é muito discreta e a saliva possui substancias anestésicas e anticoagulantes. A transmissão se dá por conta dessa salivação.
Como os morcegos são animais migratórios, é possível que a doença esteja lentamente se espalhando para outras regiões e por isso é preciso cuidado, principalmente quanto à vacinação preventiva de cães e gatos nos centros urbanos.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM