O racismo no futebol europeu é um problema persistente que lança uma sombra sobre a reputação do esporte em uma região que muitas vezes se considera exemplar em questões de civilidade e igualdade. Apesar dos avanços sociais e legislativos em muitos países europeus, os campos de futebol continuam sendo palco para manifestações de intolerância racial, incluindo insultos e gestos discriminatórios direcionados a jogadores negros e de outras etnias. Esses incidentes não apenas mancham a reputação do futebol europeu, mas também questionam a suposta superioridade moral do chamado “primeiro mundo”.
A falha em erradicar o racismo no futebol europeu destaca lacunas significativas na sociedade, evidenciando que a civilidade e a igualdade nem sempre estão presentes, mesmo em regiões consideradas desenvolvidas. A persistência desses comportamentos prejudiciais ressalta a necessidade de uma ação mais enérgica por parte das autoridades esportivas, dos clubes e da sociedade em geral para promover a educação, a sensibilização e a punição rigorosa contra atos racistas. A questão vai além do campo de jogo, refletindo os desafios mais amplos enfrentados na luta contra o preconceito e a discriminação em todas as esferas da vida.
Para restaurar a credibilidade do futebol europeu e cumprir os ideais de civilidade e igualdade, é imperativo um esforço conjunto e contínuo. Isso envolve não apenas medidas repressivas contra comportamentos racistas, mas também a promoção da diversidade e da inclusão em todos os níveis do esporte, desde a base até o profissionalismo. Somente com um compromisso sério e abrangente, aliado a uma cultura de tolerância zero ao racismo, o futebol europeu poderá verdadeiramente refletir os valores de civilidade que muitos associam à região.
Por Guilherme Pereira Torres