Podemos dividir os resíduos domésticos, de maneira resumida, em quatro grupos quanto ao seu descarte: o lixo seco (que são os recicláveis coletados pelas cooperativas), o lixo úmido orgânico (que pode ser aproveitados na compostagem), os rejeitos (que devem ir para o aterro) e os resíduos perigosos (que exigem tratamento especial).Os perigosos, como: pilhas, baterias, lâmpadas e outros componentes químicos de aparelhos eletrônicos, se não descartados corretamente contaminam o meio ambiente e causam danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Nesse texto, vamos focar nas lâmpadas. Usamos diversos tipos de lâmpadas nas nossas casas: incandescentes, fluorescentes (compactas e tubulares), halógenas e LEDs. As lâmpadas incandescentes estão proibidas no Brasil desde 2016 devido à sua pouca durabilidade e ineficiência energética. As mais econômicas são as fluorescentes e LEDs e têm sido as mais utilizadas hoje em dia. No entanto, o descarte incorreto dessas lâmpadas ainda é predominante. Os brasileiros consomem por ano uma média de 200 milhões de lâmpadas fluorescentes, mas apenas 6% desse total é descartado corretamente. Quando uma lâmpada dessas se quebra em local inapropriado e sem os devidos cuidados pode liberar substâncias extremamente tóxicas como, por exemplo, o vapor de mercúrio.
Por meio da correta separação, tratamentos adequados e descontaminação, todos os componentes das lâmpadas podem ser reaproveitados: vidro, metal e os componentes químicos.
Segundo aPolítica Nacional de Resíduos Sólidos, lei n° 12305/10,todos os fabricantes são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólido. No entanto, a lei está sendo implantada pouco a pouco no Brasil. Em Itajubá, existem dois pontos em que a população pode realizar o descarte de lâmpadas: na Prefeitura Municipal e no Museu Wenceslau Braz.
A Reciclus, entidade fruto de Acordo Setorial estabelecido entre empresas produtoras de lâmpadas e o Ministério do Meio Ambiente, tem um plano de implantação de pontos de coleta de lâmpadas em todo o Brasil. De acordo com o cronograma da entidade, que leva em consideração o número de habitantes, o consumo e a renda per capita entre outras variáveis, o Programa Reciclus será implementado em Itajubá em 2020, com pontos de coleta para lâmpadas fluorescentes, tubulares ou compactas. Enquanto o projeto não chega, é preciso termos consciência que somos responsáveis pelo correto descarte a fim de garantir um ambiental habitável e saudável para todos.
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Fonte: Grupo ComCiência