Sempre me pareceu muito natural que sejamos feitos da poeira das estrelas e da matéria do Criador.
Isto sempre me causou um arrepio de respeito e de humildade; a responsabilidade que herdamos ao nascer, a tarefa de crescer no corpo e no espírito e legar às gerações futuras uma Humanidade mais evoluída espiritualmente me fascina.
Para os céticos, tantas coisas estranhas estão por aí a desafiar a lógica e a razão…
Em outubro ou novembro de 2013 eu finalizava a escrita da minha Dissertação de Mestrado. Num dado momento eu fazia uma afirmação que sabia ser verdadeira, mas não conseguia encontrar a fonte original dessa informação. Para driblar essa dificuldade usei como referência a gravação em vídeo de uma mensagem que um médico paliativista tinha nos enviado da Escócia, onde ele fazia a afirmação que me interessava.
Pela importância e credibilidade desse profissional, isso seria aceitável para o rigor dos critérios de uma produção científica, eu sabia. Mas me incomodava não ter a fonte original, o artigo do próprio autor da afirmação.
Defendi a minha Dissertação e recebi autorização para a publicação definitiva, após a qual não se pode mudar mais nada.
No último dia de prazo para mandar o texto, um domingo, me encho de coragem e resolvo guardar os livros que o Marco tinha deixado espalhados na bancada da biblioteca quando foi a São Paulo para compor a Banca de Mestrado de uma ex-aluna nossa.
Eu ainda não tinha tocado neles, numa tentativa infantil de fazer com que tudo permanecesse como sempre fora…
Enquanto eu fechava alguns livros, procurava o lugar certo na estante (como nós sempre tivemos uma enorme quantidade de livros e não tínhamos catalogação deles, como numa biblioteca comum, eles eram agrupados por assunto), não é que cai um papelzinho meio rasgado de um deles?
Acho que vocês adivinham: no papel, com a letra do Marco, estava escrita a lápis a referência completa que eu precisava…
Coincidência, não?