Há muitos anos nossa cidade e nosso país estão sendo contaminados por uma doença que contagia, principalmente, trabalhadores e estudantes.
Seus sinais e sintomas são vagos e confundem os médicos que atendem esses pacientes. Normalmente, são dores inespecíficas, febres sem medidas, tonturas, dores no estômago que irradiam para a cabeça e tudo de ruim que o paciente tenta inventar.
Essa doença foi denominada pelos médicos de doença do atestado ou, vulgarmente, chamada de “atestadite”, que se agrava nas segundas-feiras e vésperas de feriados, afogando o serviço de urgência.
Fazer medicina já é uma tarefa muito árdua, pior ainda quando temos que descobrir se são verdadeiras ou não as queixas dos pacientes, que muitas vezes estão ali por um atestado para abonar falta no serviço.
O serviço de urgência do Hospital Escola atende uma média de 200 pessoas por dia, sendo mais de 50% com o pedido de atestado médico e, com certeza, devido à “atestadite”.
O médico não pode negar o atestado do atendimento, mas com essa nova doença fica difícil fazer o diagnóstico e atestar o paciente.
Enquanto isso, pessoas honestas estão doentes de verdade e sofrem na fila, esperando para serem atendidas, pois o sistema fica afogado pela “atestadite”.
O tratamento? Existe! Depende apenas da Educação.
Fonte: AISI