Ocorrido no último dia 14 de agosto, o homicídio da jovem universitária Débora Oliveira continua em aberto. O suspeito preso na época do crime já foi liberado e fala agora o Dr. Pedro Bezerra, coordenador das investigações e titular da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, a respeito deste caso extremamente complexo.
No início das investigações, conta, pelos fatos levantados naquele momento, havia necessidade da prisão de um andarilho que estava no local do crime. Uma peça íntima foi reconhecida pela família e em decorrência disso foi determinada a prisão temporária do rapaz. No decorrer das investigações, no entanto, os fatos começaram a ser esclarecidos.
Nos últimos dias foi localizada a verdadeira peça íntima da vítima, o que levou as investigações a tomarem novos rumos e foi determinada pelo delegado responsável a liberação do andarilho, mas sem descartar qualquer participação do mesmo no episódio.
O andarilho chegou a reclamar na mídia de maus tratos, a informação, no entanto, não procede, já que se faz necessário para os casos de prisão temporária o exame de corpo de delito que nada atestaram e estão junto aos autos.
A respeito dos boatos apontando nomes de suspeitos para o crime, que envolvem pessoas famosas inclusive, o Dr. Pedro Bezerra esclarece que a Polícia Civil trabalha com fatos em busca da verdade, portanto as informações que chegam, seja através de testemunhas ou colheita de provas e vestígios, são todas juntadas como num quebra-cabeça. “Mas informações sérias, com o mínimo de consistência”, afirma.
A partir do momento que essas informações não têm consistência e descambam para boatos, acusações e até julgamentos sumários de outras pessoas, além do prejuízo imenso para o decorrer das investigações (já que a Polícia tem que apurar tudo que a ela chega) traz um prejuízo para a pessoa acusada e seus familiares, comenta.
Diante do tema o delegado pede às pessoas que se coloquem no lugar daquele cidadão e de seus familiares antes de espalhar um boato. “Esperem uma informação oficial da Polícia Civil, sem essa informação não criem conjecturas, não levantem nomes”, pede. Ele ainda afirma que a Polícia não vai descansar enquanto não solucionar o caso e a sociedade pode esperar uma resposta para esse crime.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM